A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, prendeu um jovem que estava extorquindo uma vítima, por telefone, usando o golpe do falso sequestro. O suspeito, 18 anos, foi autuado em flagrante, ontem à tarde, no bairro Nova Canaã, na região do CPA, depois de exigir R$ 15 mil de um vítima, com a falsa alegação de que estaria com o pai da moça em cativeiro.
De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, na terça-feira, o pai da vítima teve o celular subtraído, porém, não deu por falta do aparelho. Na manhã de quarta-feira, a filha A.P.L.C começou a receber ligações do número de celular do senhor e do outro lado da linha, um homem dizia que tinha sequestrado seu pai e que ela tinha que pagar R$ 15 mil de resgate. "Isso deu credibilidade para ação e a vítima, que estava no trabalho e sem contato com o pai, foi orientada a nos procurar", disse o delegado titular do GCCO, Flávio Henrique Stringueta.
Conforme o delegado, ao conversar com a vítima, "de cara" os policiais identificaram que era golpe e orientaram a mulher a mudar o rumo das negociações, dizendo que não tinha a quantia em dinheiro. "De R$ 15 mil, o suspeito passou então a exigir um celular digital", completou Stringueta.
A partir daí, os policiais marcaram um ponto para entregar o aparelho, na praça do bairro, e quando o rapaz foi pegar o celular deixado em um banco, os policiais deram voz de prisão e o conduziu à delegacia, onde foi autuado pelo delegado Flávio Stringueta, no crime de extorsão com pena de 4 a 10 anos.
Conforme o delegado, um dos pontos chave da certeza que se tratava de um golpe é o fato do jovem já ser conhecido dos policiais, por ter deficiência física na coluna e mancar das pernas, e também pelo fato da região ser a mesma região de outra tentativa de golpe praticada durante as investigações do sequestro da menina Ida Verônica Feliz, com 8 anos, à época, ocorrido no dia 26 de abril de 2013, no bairro Goiabeiras, em Cuiabá, da casa da família que tinha a guarda provisória.
A menina foi levada do Brasil para outro país, pelos próprios pais biológicos que estão com prisão preventiva da Justiça mato-grossense. Na ocasião, a mãe adotiva da criança, com a exposição do sequestro, recebeu ligações do falso sequestrador que dizia que estava com a criança e exigia dinheiro para entregá-la à família.
Na época, o GCCO identificou o rapaz, mas como o jovem era menor de idade, não pode ser responsabilizado criminalmente. Depois de ser entrevistado pelos policiais acabou confessando que estava se aproveitando da situação para explorar financeiramente a família.