A Polícia Civil procura pelo principal suspeito do assassinato de um idoso. A vítima, Jarnerindo Carlos Pereira, 68 anos, foi encontrada morta, na região de chácaras, conhecida por "Morro das Orações", no bairro São João Del Rey, na tarde do dia 28 de janeiro, com ferimentos provocados por faca.
As investigações são conduzidas pelo delegado Antônio Carlos de Araújo, adjunto da Delegacia Especializada de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos (DERRFVA), da capital. Conforme o delegado, a Polícia Civil, por meios técnicos, identificou V.I.S., 22 anos, como o autor do roubo seguido de morte (latrocínio) do idoso. Segundo as investigações, uma outra pessoa está envolvida no crime.
A vítima, que trabalhava com frete e tinha o ponto comercial em frente à Companhia da Polícia Militar, no bairro, teve seu VW Saveiro branco subtraído por bandidos que simularam a contratação de um serviço. "Nas investigações ficaram demonstradas, até o momento, de que na tarde do dia 28 de janeiro, por volta das 16h, uma pessoa teria ido até o ponto de frete onde ficava Jarnerindo e o chamou para fazer uma 'corrida' e o mesmo teria combinado o frete e comunicado a família e colegas de trabalho que não demoraria", explicou o delegado Araújo.
Além do veículo roubado, o idoso teve subtraído um aparelho de celular com dois chips. A picape, dias depois do crime, foi encontrada carbonizada, em uma estrada na região do Carrapicho, em Várzea Grande.
No curso das investigações, com apoio do Núcleo de Inteligência da Delegacia de Roubos e Furtos (Derf) de Cuiabá, os investigadores descobriram que a vítima ligou de seu telefone para o celular do foragido, por volta das 16h09, possivelmente negociando a realização do falso frete e a marcação do encontro.
Outras duas ligações foram ainda feitas do celular da vítima no dia 28 de janeiro, uma efetuada pelo próprio Jarnerindo para o celular do suspeito e a outra, em tese, pelo suspeito, já utilizando o aparelho da vítima para o telefone de um vendedor e negociador de veículos, investigado pela Delegacia.
Diligências efetuadas pela DERRFVA na tentativa de interrogar o suspeito, descobriram que ele havia sido expulso da casa do tio, por ter falsificado documentos dele para comprar uma motocicleta. Na ocasião, o tio informou aos policiais que o sobrinho tinha ido morar no bairro Osmar Cabral, a cem metros de distância do ponto de frete da vítima, onde também não foi localizado assim como outros possíveis endereços.