O delegado de Tabaporã (150 quilômetros de Sinop), Claudemir Ribeiro, afirmou, em entrevista ao Só Notícias, que ainda está analisando o caso do sequestro de uma empresário, 40 anos, na quarta-feira (14) à noite, no município. Sem poder dar mais detalhes, para não atrapalhar seu trabalho, ele disse que há outras linhas de investigação sobre o crime. Ninguém foi preso até o momento.
Ribeiro afirma que os suspeitos tinham a intenção de ir até a residência da vítima e pegar dinheiro e joias. Um veículo teria dado apoio aos criminosos, que estavam em uma motocicleta. Após ser levada a um milharal, a empresária foi amarrada e a todo momento recebia ameaças de morte. “Estou mantendo contato com a vítima frequentemente para apurar mais detalhes”.
O delegado disse que os criminosos teriam informações privilegiadas sobre a vítima, pois eles queriam a senha de um cofre que ela teria em sua residência. Enquanto a vítima estava amarrada no milharal, os bandidos que davam apoio (os que estavam no carro) foram até a casa da vítima. No entanto, a cunhada dela estava em frente ao local. Com isso, os bandidos voltaram ao cativeiro e fizeram mais ameaças e, posteriormente, foram embora, a deixando lá. “Todos estavam encapuzados. Além dos dois que a sequestraram, pode existir um terceiro elemento”.
Conforme Só Notícias já informou, a vítima falava ao celular com a filha que mora em Sinop, enquanto dirigia seu veículo, um Fiat Strada branco, na região do setor industrial da cidade. Ela teria soltado um grito e a filha perdido o contato com a mãe. A jovem imediatamente ligou para tia e esta teria ido até a residência mas ela não foi encontrada. Os bandidos obrigaram a vítima a parar.
A versão apurada é que ela foi obrigada a andar por mais de uma hora, no meio de um milharal. Eles atravessaram uma represa, e amarraram a vítima, com uma blusa. O carro foi abandonado com todo os pertences dela, nas proximidades do local onde teria sido abordada.
O delegado recebeu informações de que o carro da empresária foi visto parado com uma pessoa do lado de fora, em uma estrada que liga os municípios de Tabaporã e Juara. Os policiais encontraram os óculos dela caído. "Começamos a procurar por pistas, pegadas no chão e então escutamos um grito da empresária que estava do lado de uma represa, cerca de 150 metros de onde estávamos", disse o delegado.