A Polícia Federal prendeu 24 suspeitos acusados de participar de organização criminosa que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro. Foram apreendidos veículos de luxo e grande quantia de dinheiro em moeda nacional e estrangeira – dólares e euros – que ainda está sendo contabilizada. A Operação Lava Jato foi deflagrada hoje em seis Estados e no Distrito Federal. De acordo com as informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), obtidas pela Polícia Federal, os suspeitos movimentaram mais de R$ 10 bilhões.
Em Cuiabá foram cumpridos dois mandados – um deles em uma casa de câmbio – e não teriam sido feitas prisões. Federais também estiveram em uma empresa, na avenida Miguel Sutil, que faz parte de um grupo empresarial cujo foco na área de atuação é na construção civil em empreendimentos de geração de energia. Não foi informado se houve apreensão de dinheiro ou documentos.
No DF, foram presos três suspeitos, um deles é o dono de um dos maiores postos de combustíveis da área central de Brasília, próximo à Torre de TV, onde também funciona uma lavanderia e uma casa de câmbio.
Segundo a PF, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como o tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos.
A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores. Na manhã desta segunda-feira, cerca de 400 policiais federais cumpriram 81 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão preventiva, dez mandados de prisão temporária e 19 mandados de condução coercitiva, em 17 cidades. Entre as localidades estão Curitiba, São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Cuiabá.
Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal no Paraná. São cumpridas também ordens de sequestro de imóveis, além da apreensão de patrimônio adquirido por meio de práticas criminosas e bloqueio de contas e aplicações bancárias.