A Polícia Civil informou, há pouco, que 256 computadores, notebook e CPU’s foram apreendidos, hoje, "na rede de lojas do Grupo Rio Móveis, em 20 municípios de Mato Grosso, na operação QBex, deflagrada esta manhã, pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz)". A assessoria informa que policiais cumpriram 22 mandados de apreensões. A maior apreensão aconteceu em Sinop – 100 computadores (65 notebook e 35 CPUs). As demais apreensões ocorreram em Cuiabá (89), Lucas do Rio Verde (18), Nova Canaã do Norte (15), Matupá (14), Sorriso (12), Monte Verde (10), Nova Bandeirante (7), Peixoto de Azevedo (10), Itaúba (9), Aripuanã (8), Juara (7), Contriguaçu (6), Juruena (10), Alta Floresta (5), Tabaporã (4) Carlinda (2), Paranaíta (3), Marcelândia (1), e Colíder (1).
As investigações começaram devido a suspeitas de "comercialização de computadores roubados no estado de Goiás, no ano passado. A denúncia foi repassada a Polícia Judiciária Civil por meio da Diretoria de Inteligência, depois que a Polícia Civil de Goiás prendeu uma quadrilha de roubos e descobriu que a mercadoria estaria sendo comercializada em Mato Grosso", informa a assessoria.
“Os computadores não têm número de série, mas tem uma configuraração exclusiva para a venda alvo do roubo em Goiás”, disse o delegado Carlos Cunha. Os mais de 600 computadores roubados em Goiás estão avaliados em cerca de R$ 1 milhão. Durante as buscas em uma loja, no bairro CPA, em Cuiabá e três na cidade de Várzea Grande, equipes comandadas pelos delegados Liliane de Souza Murata Costa e o titular da Fazendária, Carlos Fernando da Cunha Costa, apreenderam 89 computadores.
O delegado presidente da investigação, Rogers Elizandro Jarbas, informou que toda a apreensão será encaminhada à Delegacia Fazendária, em Cuiabá, com logística específica, e os computadores submetidos à perícia. “As demais ações de crimes patrimoniais, o roubo, e os crimes fiscais, a sonegação fiscal, serão desencadeadas nos próximos dias”, disse o delegado.
O delegado Carlos Fernando da Cunha, disse que a investigação foi repassada a Fazendária devido sua atribuição estadual, já que a maioria das lojas está no interior de Mato Grosso. O delegado explicou que por ser a mercadoria de origem ilícita as notas fiscais emitidas com a venda dos computadores também são “ideologicamente” falsas. “A nota é materialmente verdadeira, mas o conteúdo dela ‘ideologicamente’ falso”, declarou, através da assessoria.
Cunha também disse que não houve pedido de prisão até o momento e na continuidade das investigações elas poderão ocorrer. Os responsáveis pela aquisição da carga roubada poderão ser indiciados nos crimes de receptação e sonegação fiscal. “Essa é uma ação em conjunto com a diretoria do interior”, finalizou o delegado Carlos Cunha.
Outro lado
Só Notícias procurou, pela manhã, a direção da Rio Móveis. O diretor da rede, Joadilson Aquino, disse que a empresa está "tranquila" e que "foram apresentados ao delegado chefe da operação, na matriz em Colíder, todos os documentos necessários relacionados às compras dos computadores, origem e também impostos. “Ele olhou toda documentação e saiu satisfeito […]” Jodilson destacou que agora, segundo a polícia, o foco se volta ao fornecedor dos computadores, que afirmou ser de São Paulo. “A empresa (Rio Móveis) está complacente com a polícia e colaborando. Todos os computadores foram recolhidos das demais lojas e estão sendo trazidos para a matriz”.