Policiais rodoviários federais em Mato Grosso aderiram, hoje, ao 'estado de greve, hoje, reforçando a cobrança por reposição salarial, melhor estrutura de trabalho, aumento no efetivo "que está defasados desde 2003". Segundo o presidente da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários (FENAPRF-MT), Paulo Melo, os policiais trabalham no limite na escala. "Tivemos cortes no adicional noturno, insalubridade e indenização para quem trabalha na áreas de fronteiras do pais”, disse, ao Só Notícias.
Líderes do movimento estão em Brasília discutindo nova proposta. Se não for aceita, os policiais vão aderir a paralisação na segunda-feira (28) e, com isso, algumas operações de final de ano, visando coibir abusos de velocidade nas rodovias, por exemplo, podem ser reduzidas. “Jamais cruzaremos os braços e deixaremos de atender a sociedade. Mas o contingente de policiais deve ser, pelo menos, 30% menor. O atendimento será apenas emergencial para acidentes nas rodovias”, explicou Paulo.
A proposta feita pelo governo federal através do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG) na última segunda-feira, de 27,9% de reposição, parcelado em quatro anos ( 5,5% em agosto de 2016, 6,99% em janeiro de 2017, 6,65% em janeiro de 2018 e 6,31% em janeiro de 2019) foi rejeitada, por unanimidade, pelos integrantes da federação. É alegado que o reajuste não compensaria nem as perdas inflacionárias do período. Essa proposta é a mesma feita no começo da campanha salarial.
Segundo a FENAPRF, as operações do PRF nas rodovias do pais esse ano, geraram uma economia de mais de R$ 8 bilhões para o governo Federal, redução de 15% dos acidentes e apreensão de mais de 179 mil toneladas de drogas.