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Sinop: acusado de matar acadêmico pede delação premiada para ter pena diminuída

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A defesa de Márcio Marciano Batista, 31 anos, acusado de envolvimento no latrocínio do acadêmico de medicina Eric Francio Severo, 21 anos, ingressou com pedido de delação premiada à juíza da 1ª Vara Criminal, Rosângela Zacarkim. Segundo uma fonte de Só Notícias, ligada ao caso, o objetivo do acusado é conseguir diminuição na pena. “Considerando a existência de uma enorme quadrilha, ele quer dizer a verdade. Quem encomendou a caminhonete e era o responsável pelo pagamento, por exemplo. Não é uma cooperação voluntária”, explicou.

A magistrada encaminhou pedido de colaboração premiada e cobrou uma manifestação do Ministério Público Estadual (MPE). A promotoria, no entanto, até o momento, não se pronunciou sobre o assunto. O parecer deve ser emitido nos próximos dias.

No mês passado, conforme Só Notícias já informou, Rosângela decidiu por manter presos os três réus suspeitos de envolvimento na morte de Eric. Ela ressaltou que a medida era uma forma de garantir a ordem pública. “A gravidade em concreto dos fatos consistente em latrocínio, supostamente arquitetado por integrantes de quadrilha criminosa da qual os acusados eram integrantes, demonstra a periculosidade elevada e impõe a necessidade da manutenção de suas custódias cautelares”.

A fase de instrução processual foi encerrada no final de setembro. Diversas pessoas foram ouvidas, entre elas, o delegado da Polícia Civil, Sérgio Ribeiro, que coordenou investigações, os militares envolvidos nas buscas pelo acadêmico, policiais rodoviários federais que fizeram a apreensão da caminhonete em Campo Grande (MS) e os próprios acusados. No momento o processo está em prazo de alegações finais e, em seguida, Rosângela deve sentenciar os envolvidos.

Márcio Marciano Batista e Rafael Massuco dos Santos estão no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, enquanto que Acácia Batista está detido na unidade prisional José Parada Neto, em Guarulhos (SP). A mulher de Márcio, Kênia Canachiro Dias, que chegou a ficar detida por alguns meses, conseguiu, em julho, o direito de aguardar a sentença em liberdade.

Márcio e Rafael são suspeitos de terem roubado a caminhonete GM S-10 que estava com Eric, no dia do crime. Eles também são apontados como acusados de executarem o acadêmico para não serem identificados. Acácio, por sua vez, está preso há vários meses e cumpre pena por diversos crimes (não confirmados). Ele é acusado de ter encomendado a caminhonete para ser vendida do Paraguai.

Márcio e Rafael foram presos em flagrante, com a caminhonete GM S10, branca, roubada de Eric. Eles são suspeitos de dominar o acadêmico instantes após ele sair de um bar, no centro da cidade e o executar em uma mata, em Lucas do Rio Verde. Ambos foram presos por policiais rodoviários no estado vizinho e recambiados para Sinop. Em depoimento, confessaram o latrocínio e alegaram que a caminhonete foi encomendada por um presidiário em São Paulo e receberiam dinheiro para roubá-la e transportá-la.

Desde a morte de Eric, a família do acadêmico encampa uma campanha nacional pedindo leis mais duras para latrocidas. Já houve contatos com vereadores, prefeitos, governadores, deputados estaduais e federais, além de senadores, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha e, recentemente, o governador Pedro Taques pedindo que a pena para latrocidas suba para 50 anos de cadeia.

O abaixo-assinado pede que os deputados federais e senadores priorizem, com urgência, a votação de Leis Penais e de Execução Penal que garantam a segurança de pessoas de bem, em especial, o projeto de lei  353/2015 de autoria do deputado Major Olímpio Gomes (PDT/SP) que propõe penas de até 50 anos para crimes de latrocínio, extorsão, extorsão mediante sequestro, estupro e estupro de vulnerável.

Atualmente, a pena para latrocínio varia entre 20 e 30 anos de reclusão.

O latrocínio completa um ano no próximo dia 27.

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