O inquérito da operação Tredo deve ser concluído em até 60 dias afirmou o secretário executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo. Um envolvido no esquema, foragido desde a última quarta-feira, em Cuiabá, está sendo procurado pela polícia.
A operação foi desencadeada pela Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz) com apoio das Secretarias de Estado de Segurança Pública (Sesp) e de Fazenda (Sefaz) para combater fraudes no Sistema de Imposto Sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA).
Cinco pessoas estão presas, sendo duas com prisões temporárias e três preventivas. Entre os detidos está um servidor contratado pela Sefaz e apontado como líder da quadrilha. O secretário de Estado de Fazenda, Paulo Brustolin, garante que todas as 3,5 mil pessoas que se beneficiaram do esquema terão que pagar o IPVA com correção de juros e multas. O rombo aos cofres públicos ultrapassa R$ 7 milhões.
Um funcionário contratado da Sefaz, especialista em sistemas informatizados, mediante emprego de técnicas intrusivas avançadas, roubava as credenciais de acesso de outros funcionários públicos e utilizava para fazer alterações no sistema de IPVA e isentar proprietários de veículos automotores de pagar o tributo.
Em troca, o referido funcionário, juntamente com outras pessoas que o ajudavam a captar “clientes” na região metropolitana e no norte do Estado, cobravam 60% do valor do IPVA, sendo 40% repassado ao líder e o restante dividido entre os participantes.
O valor do imposto era superior a R$ 2 mil por se tratar de veículos como modelos Corola, Hilux e Civic, considerados de luxo.
Seis mandados de prisão foram espedidos, quatro de condução coercitiva e dez de busca e apreensão cumpridos, na quarta-feira, que resultaram na apreensão de quatro veículos, quatro notebooks, um televisor, agendas com anotações de placas de veículos, diversos documentos de veículos, HDs, malote com R$ 900 e celulares.