Anderson Garcia da Costa, 37 anos, era natural de Cuiabá e estava prestes completar um ano de carreira na Polícia Civil de Mato Grosso do Sul. Atualmente, estava lotado na delegacia de Pedro Gomes (309 quilômetros da capital Campo Grande). Seu corpo foi trasladado para a capital mato-grossense, onde residem seus familiares.
Anderson era casado há cinco anos e morava sozinho, em Pedro Gomes, mas viajava com frequência para o estado vizinho para visitar a esposa, que atualmente mora em Rondonópolis.
O fato ocorreu ontem e, segundo informações do Sindicato dos Policiais Civis de Mato Grosso do Sul (Sinpol), Anderson estava retirando um preso da cela na delegacia, quando foi agredido na cabeça e no abdômen. O agressor apresentava distúrbios psicológicos. Os golpes só pararam depois que o investigador atirou na perna do preso, que foi levado para atendimento médico na própria cidade.
O policial teve afundamento de crânio, foi encaminhado para o hospital em Coxim. No entanto, devido a gravidade dos ferimentos, estava sendo encaminhado para a Santa Casa, mas morreu dentro da ambulância.
Em nota divulgada à imprensa, o presidente do sindicato lamentou o ocorrido e citou denúncias feitas pela instituição. “Inúmeras vezes alertamos sobre o risco a que os policiais se expõem ao desempenhar uma tarefa para qual não foram treinados. O policial civil forma-se na academia para investigar e solucionar crimes, não para vigiar presos. Nós cobramos da administração pública que comece já o planejamento para a retirada dos detentos das delegacias até 2018. A retirada pode ser gradual, mas o planejamento precisa ser imediato. Será que vão esperar um policial civil ser assassinado dentro da delegacia para tomarem providência?”, enfatizou o presidente do Sinpol-MS, Giancarlo Miranda.