Apenas o exame feito pela unidade de toxicologia forense da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Cuiabá poderá apontar a causa da morte de Rosalina Armim, 30 anos, ocorrida no último dia 26, em uma residência, no Jardim das Palmeiras. No entanto, no local, peritos encontraram duas embalagens de veneno de rato e uma garrafa de café e, agora, uma das hipóteses investigadas é que, alguém tenha misturado o material tóxico, e a vítima tenha ingerido sem saber. Segundo informou, ao Só Notícias, uma fonte da Politec de Sinop, na casa de Rosalina foram encontrados embalagens vazias de dois tipos de venenos. "Localizamos a do veneno que o marido da vítima tomou. Porém, os outros frascos estavam vazios e o conteúdo não corresponde ao mesmo tipo de substância", explicou.
A garrafa de café, que estava aberta ao lado de um copo, em cima de uma mesa, também foi enviada para análise na capital. O laudo conclusivo apontando se havia algum tipo de veneno deve sair em duas semanas. De acordo com a fonte, o exame de necrópsia revelou que o pulmão da vítima tinha sinais de asfixia, que, contudo, podem ter sido causados também por ingestão da substância tóxica. "O laudo do Instituto Médico Legal (IML), assim como o da Politec, não foi concluído ainda, por restar esta dúvida. É um caso bastante difícil", afirmou.
Até o momento, há três versões para a morte da vítima. A primeira é que o marido tenha assassinado Rosalina por envenenamento ou asfixia. A terceira, relatada por ele, inicialmente, é que a vítima tenha ingerido veneno por vontade própria, após uma discussão. Nenhuma está confirmada ou descartada totalmente. "A princípio, não havia nenhum sinal de luta corporal", adiantou a fonte na Politec.
Conforme Só Notícias já informou, o delegado responsável pelas investigações, Carlos Eduardo Muniz, também aguarda o laudo pericial para dar andamento ao inquérito. O marido de Rosalina está preso e, segundo o delegado, confessou que assassinou a esposa. “Em depoimento, o suspeito nos relatou que, motivado por ciúmes da mulher, a matou. Depois do crime, ele ainda tentou se envenenar, mas acabou preso”, disse.
Os policiais foram acionados por um irmão do acusado, que já se encontrava no local do crime. Este afirmou que recebeu uma ligação do suspeito dizendo que obrigou a esposa a ingerir veneno e depois também ingeriu uma dose do mesmo produto. “Pretendemos saber se ele a obrigou a ingerir veneno como relatado pelo irmão do suspeito, citado no boletim da PM”, afirmou Carlos Eduardo.
O suspeito após tomar o veneno foi encaminhado ao Hospital Regional, tomou medicação, foi liberado, preso e passa bem.
Rosalina foi sepultada em Sinop.