Dos 3.149 veículos roubados e furtados na Grande Cuiabá, entre janeiro e setembro deste ano, 2.054 foram recuperados pela Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (DERRFVA), o que equivale a um percentual de 65%. De acordo com o setor de Estatística Criminal da Polícia Civil, além do alto índice de recuperação, também houve redução de 12% no número de veículos roubados na Capital e em Várzea Grande, se comparado ao mesmo período do ano passado.
Nos nove primeiros meses de 2014, só em Cuiabá foram registrados 1.990 roubos de carros e motocicletas. Destes, 1.151 foram recuperados pela polícia. Já em Várzea Grande, dos 1.585 veículos roubados, 983 foram localizados. Isso significa que respectivamente 57,8% e 62% destes foram recuperados.
Este ano os percentuais tiveram um considerável aumento e os índices de localização de veículos roubados passou para 64% na Capital e 67% na Cidade Industrial.
De acordo com o titular da DERRFVA, Wagner Bassi Júnior, os resultados positivos são consequência do esforço e dedicação da equipe que trabalha no combate ao roubo de veículos na Grande Cuiabá. “Realizamos uma investigação aprofundada quanto aos locais onde os carros e motos produtos de roubos eram escondidos e quem participa desse tipo de esquema, já que geralmente são as mesmas pessoas”. Com base nesse levantamento, o delegado explica que foi mais fácil chegar até os produtos de roubos e recuperá-los ainda em território mato-grossense, já que muitos são levados para países vizinhos para desmanche.
O fato de muitas pessoas terem sido presas nos últimos meses é outro fator que inibiu a prática desse tipo de crime. “O roubo só é atraente enquanto a impunidade reinar. Quando um ladrão de veículos é informado que outros foram presos, ele acaba optando por outra modalidade de roubo, principalmente aqueles de difícil captura, como os roubos as pessoas e comércios”.
Quando o bem é recuperado, mas o ladrão de carro ou moto não foi preso, ainda assim é uma motivação para a redução da prática entre os criminosos. “Isso porque ele investe para poder roubar. Paga aluguel de armas e, as vezes, oferece bonificações aos comparsas. E quando o carro é recuperado tudo se converte em prejuízo”, diz o delegado.
Ele acrescenta que a polícia continua mapeando as áreas receptadoras e de desmanche, bem como as pessoas envolvidas. “Vamos manter essa repressão e mostrar que o nosso objetivo é reduzir a zero o número de roubos de veículos”.