Um quilo e meio de dinamite, pronto para detonar, foi desarmado na manhã deste sábado (10) e evitou a morte de pessoas alvos do Comando Vermelho de Mato Grosso. O artefato estava em uma mochila, junto com vários cacos de vidro. O material seria usado para explodir um açougue, localizado, na avenida Doutor Ulisses Guimarães, próximo ao Terminal do CPA 3, em Cuiabá, com o dono e o funcionário dentro.
No mesmo local, no dia 30 de setembro, houve uma tentativa de assalto e o proprietário reagiu e matou o ladrão. O assaltante, um homem 40 anos, pertencia à facção criminosa, que atua de dentro de presídios do Estado, tendo como base da liderança a Penitenciária Central do Estado (PCE). O criminoso morto ficou exposto na rua, agonizando enquanto vários moradores faziam imagens, que foram veiculadas na imprensa. Isso, segundo informou, por meio da assessoria, o titular da Delegacia Especializada em Roubos e Furtos (Derf) de Várzea Grande, Rodrigo Azem, teria desgostado o Comando Vermelho, que ordenou represália à morte do membro da facção. "A ordem era matar o dono do açougue, o funcionário e explodir depois o artefato dentro do estabelecimento para que atingisse o maior número de pessoas, já que estava cheio de cacos de vidros grossos", disse.
Diante da informação, foi montada uma operação com policiais da Derf, Gerência de Operações Especiais (Goe) e da Polícia Judiciária Civil, para neutralizar a ação dos bandidos. Uma equipe do GOE foi de, forma preventiva, para área do açougue, enquanto policiais da Derf fizeram cerco em uma casa, no bairro Jardim Maringá 2, local em que foi desarmado o explosivo. "Ontem à noite o alvo montou o artefato seguindo orientação do detento do presídio. A dinamite ficou na casa e hoje outra pessoa iria buscar e entregar para quem iria detoná-la", explicou o delegado.
No local também foi apreendido um quilo de maconha. Cinco pessoas foram conduzidas à Derf e devem responder por tráfico de drogas, associação criminosa, e posse de artefato explosivo.
Participaram da operação, todas as equipes de investigadores da Derf, núcleo de inteligência, coordenados pelos delegados Daniel Lemos Valente, Rodrigo Azem Buchdid e Marcelo Miranda Muniz, em conjunto com o delegado do Goe, Guilherme de Carvalho Bertoli, e equipe de explosivista da unidade.