Quatro pessoas foram presas em flagrante com 120 quilos de pasta-base de cocaína, três armas de fogo, sendo um fuzil 5.56, munições e quatro veículos, em operação conjunta da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), Grupo Especial de Segurança na Fronteira (Gefron) e Delegacias de Mirassol D'Oeste (300 km a Oeste de Cuiabá) e São José dos Quatro Marcos (315 km a Oeste de Cuiabá). Uma parte da droga estava acondicionada em um veículo e outra enterrada em uma chácara.
A delegada Anamaria Machado informou, por meio de assessoria, que as investigações iniciaram com denúncia apuradas pelos investigadores da DRE na fronteira. Segundo ela, a denúncia informava que uma quantidade grande de entorpecente era transportado em uma picape Corsa, preta, seguindo para cidade de Curvelândia. “A partir da denúncia, intensificamos a fiscalização utilizando de métodos investigativos e conseguimos identificar e interceptar o veículo”, disse a delegada.
Em buscas no carro, foram encontrados 40 tabletes de pasta-base de cocaína, acondicionados em um compartimento no assoalho da carroceria. Com a prisão do motorista, foi possível identificar o dono do entorpecente, preso em seguida na cidade de Jangada (80 km ao Norte de Cuiabá), em uma caminhonete Ford Ranger.
O sócio do suspeito, e o funcionário da dupla, foram presos em São José dos Quatro Marcos. Com os suspeitos foram apreendidos uma pick-up Strada e um veículo Ford Fusion.
Em continuidade as diligências, com informações de colaboradores, foram realizadas buscas, em uma chácara na “região do cacho”, no município de Mirassol D'Oeste. No local, foram encontrados enterrados mais 82 tabletes de pasta-base cocaína. Junto à droga, estavam enterrados um fuzil 5.56, uma pistola calibre 22, um revólver calibre 38 e 76 munições de calibre 9 mm, 38 e de fuzil.
O delegado Luiz Henrique Damasceno destacou que para o êxito da ação foram necessários o monitoramento visual em campo e emprego de outras técnicas, para flagrar ação dos traficantes, por isso a importância de contar com ajudar de policiais do Gefron e das delegacias da região que conhecem as peculiaridades da localidade. “Foi fundamental para que o trabalho fosse concretizado com sucesso”, reforçou.
A delegada Anamaria Machado também destacou a dificuldade de atuar na faixa de fronteira devido à extensão e as estratégicas usadas pelos traficantes para driblar a fiscalização policial. “É uma área sensível e os criminosos que atuam na fronteira se utilizam de mulas, que andam por estradas de difícil acesso, sempre em rotas diferentes”, destacou a delegada.
Para o delegado titular da DRE, Juliano Silva Carvalho, o trabalho integrado deve ser valorizado, uma vez que colabora para o desenvolvimento das ações. “Infelizmente, o efetivo é pequeno para atender a demanda produzida por denúncias da população, Núcleo de Inteligência e investigações da Delegacia, sendo as equipes de apoio fundamentais para desenvolvimento das ações”.