Mais duas pessoas foram presas dentro do esquema montado para transferir documentos de veículos na Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran) de Chapada dos Guimarães (67 quilômetros da capital) em operação, esta manhã, da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), Delegacia de Chapada dos Guimarães e o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MT). Agora são quatro os presos dentro do esquema desarticulado.
Um dos presos é o servidor de carreira do Detran e o outro um ex-servidor comissionado. Ambos foram presos em Cuiabá. O primeiro no bairro Cidade Alta e o segundo na casa da filha, no bairro Santa Amália, onde também foram cumpridos mandados de buscas. Os dois tiveram mandado de prisão preventiva cumpridos nas investigações conduzidas pela Delegacia de Chapada e a Defaz.
Também foram cumpridas buscas na residência de outros dois envolvidos no esquema, no dia 17 do mês passado, em Chapada dos Guimaraes, sendo um despachante, 41 anos, e um ex-servidor. O despachante é conhecido da Defaz, onde responde dois inquéritos de estelionato e falsificação de documento público. Ele também tem passagem por tráfico de drogas.
Os quatro suspeitos respondem por associação criminosa e corrupção ativa. O servidor também responderá processo administrativo no Detran.
O esquema começou a ser desarticulado depois que o diretor da Ciretran de Chapada dos Guimaraes foi procurado pelos envolvidos com proposta para acelerar o trâmite de processos de transferência da documentação de veículos dentro do Detran. Ele simulou aceitar e comunicou o Detran, em Cuiabá, que acionou a Polícia Civil para investigar.
Inicialmente seriam transferidos um Toyota Corolla e uma GM S10, ambos os veículos com placas de Várzea Grande. Para cada documento seria pago R$ 200. "Eles chamam de 'pula pula', que é colocar o procedimento na frente, dar preferência. Esse servido é chamado também de vip. Pegam o procedimento, vão no Ciretran pagam a taxa e depois pagaria para o chefe do Ciretran e saíram na hora com o documento, por isso é 'pula a pula'", explicou o delegado Diego Alex Martiminano.
(Atualizada às 10h10)