O governador Pedro Taques assinou, hoje, dois decretos que estabelecem o novo modelo de Segurança Pública em Mato Grosso. Em um deles, estabelece a atuação integrada. No outro, o governador institui as Regiões Integradas de Segurança Pública (Risp), criando 15 destas regiões em Mato Grosso.
A assinatura dos decretos ocorreu durante um encontro do Conselho de Coronéis da Polícia Militar e os Delegados do Conselho Superior da Polícia Civil. “É a primeira reunião como essa que ocorre em Mato Grosso”, comemorou o governador Pedro Taques. Segundo ele, os Comandos Regionais serão unificados para o aprimoramento desse trabalho em conjunto. “Vamos usar a mesma dimensão geográfica, a mesma dimensão territorial para isso”.
As regiões de atuação são Cuiabá, Várzea Grande, Sinop, Rondonópolis, Barra do Garças, Cáceres, Tangará da Serra, Juína, Alta Floresta, Vila Rica, Primavera do Leste, Pontes e Lacerda, Água Boa, Nova Mutum e Guarantã do Norte. Cada região fica responsável por, pelo menos, seis municípios circunvizinhos.
Conforme o governador, este segundo semestre será de buscar experiência dessa atuação em conjunto. Taques afirma que a próxima evolução do programa será a busca de integração com o Ministério Público e o Poder Judiciário respeitando a independência de cada ente.
O secretário Mauro Zaque destacou que a regionalização possibilitará, de forma precisa, o acompanhamento de cada microrregião do Estado. “Cada região tem suas particularidades e esses problemas precisam ser enfrentados de forma diferenciada, daí a necessidade de regionalizar. A integração é fundamental porque a sinergia criada quando se integra é muito grande, ninguém faz nada sozinho”.
O segundo decreto assinado pelo governador unifica os bancos de dados da Polícia Civil e da Polícia Militar. “Os carros da Polícia Civil e da Polícia Militar estarão equipados com tablets. Os boletins de ocorrência serão encaminhados para andamento pelos investigadores da PJC. As outras duas modalidades de ir a uma delegacia ou fazer via internet continuam valendo”.
O secretário executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo, destacou que o Estado está investindo fortemente em tecnologia. “Os atendimentos acontecerão, preferencialmente, ‘in loco’. O cidadão que é vítima já passa por uma experiência terrível e Estado não pode ser um vilão, tem que ser parceiro. O registro pode ser feito pela Delegacia Virtual ou ainda a terceira opção, que é a ida até uma delegacia”.
Galindo explicou que ao registrar a ocorrência, o cidadão receberá no celular o aviso que a queixa foi encaminhada e uma nova mensagem também será encaminhada de acordo com o andamento. Neste primeiro momento, 200 tablets serão usados. A Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) prepara a compra de mais 300.
Nos equipamentos, o policial vai conseguir fazer consulta de registros civis, registros criminais, verificar a situação da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), checar mandados de prisão em aberto e a situação de veículos.
Mauro Zaque ressaltou que a medida também visa a busca por resultados concretos à população. Para ele, é necessário que o Estado proporcione ao cidadão a sensação de confiança.