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GAECO apreende documentos em empresa que vendeu para governo; Silval nega envolvimento

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Os integrantes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) estiveram no escritório da empresa SAL Transportes e Turismo Ltda, na residência de um dos sócios do empreendimento, Alexssandro Neves de Botelho, e nos escritório de um contador. O objetivo foi o de cumprir seis mandados de busca e apreensão expedidos pela Vara Especializada Contra o Crime Organizado da Comarca de Cuiabá. As ações ocorreram em Cuiabá e Várzea Grande.

Nesta operação, batizada de “Overbooking”, foram apreendidos alguns documentos e computadores para dar prosseguimento nas investigações nas fraudes em licitação e seus respectivos pagamentos referentes à contratação de empresa de prestação de serviços de transporte aéreo para diversas secretarias estaduais, entre 2013 e 2014. O valor global destas transações somam R$ 8 milhões.

De acordo com informações do MidiaNews, os membros do Gaeco estão em busca principalmente dos diários e livros de bordo utilizados e os que já foram arquivados para obter todos os registros de voos realizados pela empresa desde 22 de fevereiro de 2013. O objetivo é confrontar as informações destes registros com os do banco de dados do Departamento de Controle do Espaço Aéreo Brasileiro para saber se realmente eles foram realizados.

Já o advogado André Prieto, que faz a defesa da empresa, negou a existência de qualquer irregularidade na prestação de serviços ao governo do Estado, na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). Segundo ele, a empresa participa de licitações, desde 2011, sendo que todos os serviços prestados ao Estado foram comprovados e tiveram os impostos devidamente pagos.

De acordo com as investigações, iniciadas em março deste ano, além do direcionamento da licitação para a empresa SAL Transportes e Turismo Ltda/WUE Táxi Aéreo Transporte e Turismo Ltda, foram detectadas diversas irregularidades na prestação de contas e nos pagamentos. Conforme o Gaeco, vários pagamentos foram efetuados de forma extraordinária, através de Nota de Ordem Bancária Extra Orçamentária (NEX). Apurou-se, ainda, que a empresa vencedora foi a única que disputou o certame, sendo que à época sequer possuía condições legais para participar do pregão.

Overbooking é um termo utilizado por empresas que se refere a prática de vender um serviço em quantidade maior do que a capacidade que a empresa pode fornecer. Tal prática pode ser ocasionada propositadamente pela empresa, que vende ativamente o serviço para compensar consumidores faltantes ou pode acontecer de forma acidental dado um grande número de variáveis nas operações.

O ex-governador Silval Barbosa divulgou nota, esta tarde, negando qualquer ligação empresarial entre o proprietário da Sal Locadora, Alexssandro Botelho, investigado pela operação Overbooking,  e seu filho Rodrigo Barbosa. “Não existe e nunca houve nenhuma relação comercial ou de amizade entre ambos. Não sei de onde surgiu essa suposição”, afirmou. Segundo Silval, também não houve busca e apreensão em seu escritório ou de seus filhos. “Estou em viagem e soube da operação do Gaeco pela imprensa”, informou.

(Atualizada às 14:33h)

 

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