O principal suspeito de ter abusado sexualmente e matado Erzita Maria dos Santos Magalhães, 68 anos, foi encontrado executado em uma lagoa, na região do Aricá, em Cuiabá. O corpo estava em uma região de chácaras, distante 7quilômetros da Ponte de Ferro. Apresentava ferimentos provocados por objeto contundente na cabeça, principalmente na face. Ele seria conhecido da vítima, que era moradora do bairro Altos da Serra, em Cuiabá, e teria revelado a uma das filhas, cerca de um mês antes do crime, que o acusado havia tentado abusar dela..
Segundo o delegado André Renato Gonçalves, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o acusado figurou como suspeito do assassinato da idosa desde o dia do crime e seu nome foi apontado por familiares. O corpo de Erzita foi localizado por volta das 18h de segunda-feira (27), quando uma das netas, uma adolescente de 13 anos, foi até a casa para vê-la. Estranhou que o portão estava trancado e a avó não atendia. Chamou um dos primos, que também mora no bairro, para ajudar abrir a porta. Quando entraram, a encontraram morta sobre a cama. Erzita estava seminua, tinha mãos amarradas e um pedaço de tecido atado à boca, indicando morte por asfixia. Havia indícios de abuso sexual e o delegado informou que recolheram dois preservativos usados, deixados na cena do crime.
André Renato informou que já no local os policiais levantaram informações que apontavam o suspeito como autor do crime praticado com requintes de crueldade. A polícia acredita que ele tenha agido sozinho. Foi solicitada coleta do material genético, bem como de vestígios e material biológico retirado do corpo de Erzita, para realização de exames de DNA, para confronto, confirmando assim a autoria do crime.
Por outro lado, o assassinato do principal suspeito é investigado pela equipe do delegado Antônio Carlos de Araújo, também da DHPP. O delegado não descarta a participação de familiares da vítima no crime, já que no dia em que a mulher foi morta já haviam rumores entre vizinhos e familiares de que “iriam fazer justiça”. Mas garante que o inquérito está na fase inicial e a partir da próxima semana terão início os depoimentos de testemunhas e familiares. Como pode haver ligação entre os crimes, Araújo disse que os policiais também irão estudar as circunstâncias da morte de Erzita.