A Polícia Federal confirmou, agora há pouco, que sete mandados de prisão preventivas foram cumpridos e quatro pessoas são consideradas foragidas em relação a operação “Soberba”, deflagrada esta manhã. Dois dos três mandados de prisão temporária também foram efetivados. Já outras 13 pessoas foram encaminhadas à Superintendência da PF (condução coercitiva) para prestarem depoimentos e depois serão liberadas, além de todos os 18 mandados de busca e apreensão cumpridos.
Em relação aos bens apreendidos, a assessoria da PF informou que chegam a R$ 628 mil, outros US$ 37,7 mil dólares e R$ 14,5 mil em “travelers checks” (cheques de viagem), além de algumas barras de ouro. O doleiro acusado de financiar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas foi preso em sua residência, localizada no bairro Popular. Neste local, os policiais fizeram a apreensão do dinheiro e demais objetos. A assessoria informou que ele continua prestando depoimento na sede da PF.
Uma advogada também foi detida e a suspeita é a de que ela daria apoio ao grupo. A Ordem dos Advogados do Brasil seccional Mato Grosso (OAB-MT) foi comunicada. Ela já foi ouvida e encaminhada para a sede da Pointer, em Cuiabá.
A PF deflagrou a operação “Soberba”, esta manhã, visando cumprir 11 mandados de prisão preventiva, dois de prisão temporária, 13 de condução coercitiva e 18 de busca e apreensão nos municípios de Cuiabá, Várzea Grande, Mirassol D`Oeste, Barão dos Cocais, Inhapim, Coronel Fabriciano, Governador Valares (todas cidades de Minas Gerais), São Paulo e Guarulhos (ambas em São Paulo). A assessoria ainda não informou quantos destes mandados já foram cumpridos.
As investigações se iniciaram há aproximadamente um ano. Os investigados estavam baseados em Cuiabá e Várzea Grande. A droga era obtida na Bolívia junto a intermediadores atuantes na faixa de fronteira com Mato Grosso. A droga tinha como principal destino o estado de Minas Gerais com ramificações em Portugal e Espanha.
No decorrer da investigação foram lavrados cinco autos de prisão em flagrante. No total foram apreendidos 218 quilos de pasta base de cocaína, além de um quilo de cloridrato de cocaína, 195 mil dólares, R$ 34 mil, além de diversos veículos.
A organização criminosa contava ainda com o suporte de uma advogada que atuava como informante do tráfico catalogando placas de viaturas utilizadas na repressão ao crime, além de ter pleiteado a devolução de veículo utilizado para o transporte de cocaína mediante a apresentação de documento de compra e venda forjada, com data retroativa ao transporte.
A Justiça Federal determinou ainda o bloqueio de contas bancárias utilizadas pelos investigados, além do sequestro de bens. O nome da operação se deve a postura dos investigados, com ostentação perante a sociedade e crença na impunidade.
(foto:assessoria)