O número de execuções na Grande Cuiabá cresceu 34% entre 2013 e 2014. Foram 500 assassinatos em Cuiabá e Várzea Grande no ano passado, sendo 470 homicídios e 30 latrocínios (roubos seguidos de morte). No ano anterior foram 372 mortes. Várzea Grande liderou o aumento da violência. Saltou de 11 latrocínios para 17, crescimento de 82%, e de 53% nos homicídios, que em 2014 somaram 225 mortes contra 147 entre janeiro e dezembro de 2013.
Na capital foram 245 homicídios em 2014 e 202 em 2013, aumento de 21%. Somam-se ainda 13 latrocínios em 2014 contra os 12 em 2013, com crescimento de 8%.
Um dos motivos apontados para o aumento da violência na região metropolitana seria a precariedade das estruturas básicas, como saneamento, iluminação pública e segurança na cidade de Várzea Grande, aponta o delegado Silas Tadeu Caldeira, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela investigação dos crimes. A demora do processo, que vai da investigação para identificação do criminoso, passando pela denúncia e condenação, também acaba contribuindo para a sensação de impunidade, que leva a reincidência dos crimes por parte de muitos acusados.
O último assassinato do ano aconteceu no bairro Carumbé, na avenida Ciríaco Cândia, na capital. Um homem, que continua sem identificação, foi atingido por diversos golpes de faca e morreu na varanda de uma residência, onde tentou se esconder do assassino. O crime ocorreu por volta das 18h do dia 31. A vítima passou correndo por um bar, pedindo ajuda e em seguida entrou no quintal da residência.
O proprietário fechou a porta e o assassino o esfaqueou ali mesmo. A Polícia Civil não tem pistas sobre o autor, que logo depois de dar os golpes no peito da vítima disse “isso é para você aprender a não mexer com a filha dos outros”.