Um jovem de 22 anos acusado de estuprar e agredir a mãe de um colega teve o mandado de prisão cumprido em ação da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher (DEDM), esta manhã. O suspeito estava em uma motocicleta quando abordou a vítima em via pública, no dia 11 do mês passado, no bairro Nova Esperança. No primeiro momento, o acusado tentou uma conversa dizendo que era amigo do filho da vítima. Como não tinha intimidade com o jovem, a vítima continuou caminhando, fazendo com que ele acelerasse e saísse com a motocicleta.
Quando a vítima passava em frente a um terreno baldio, onde há uma casa abandonada, o suspeito veio em sua direção e a arrastou para dentro do imóvel. No local, ele jogou a vítima no chão. Enquanto ela tentava fugir dele, o agressor começou a desferir socos contra a cabeça da vítima.
Em depoimento, a vítima contou que chegou a implorar que o suspeito parasse e enfatizou a amizade dele com o filho, porém, ele continuava a agredi-la. Em determinado momento, o acusado arrastou a vítima para fora da casa, onde a jogou em um buraco no quintal e continuou a desferir os socos contra o seu rosto.
A vítima acredita que só não foi assassinada pelo suspeito porque duas vizinhas ouviram os gritos e foram socorrê-la. Elas também chegaram a ser agredidas pelo suspeito, que fugiu do local naquele momento. Segundo a vítima, ela nunca havia conversado com o agressor antes e que ele apenas aparecia na frente de sua casa para chamar seu filho para sair.
Segundo a delegada Elaine Fernandes da Silva, devido às agressões, a vítima sofreu fratura no maxilar e teve que ser submetida a uma cirurgia. Por esse motivo, ela só registrou a ocorrência no dia 16 de novembro. “Ela contou que ficou com o rosto muito inchado, com muitos hematomas e que na mesma noite foi encaminhada ao pronto socorro. O rosto ficou tão deformado que a vítima não conseguia se olhar no espelho”.
Depois do ocorrido, vizinhos relataram à vítima que o suspeito estava rondando sua residência e ameaçando o seu filho. Com base nas informações e identificação da autoria do crime, a delegada representou pela prisão do suspeito, que foi decretada pela Justiça.
A delegada acredita que o suspeito pode ter participação em outros crimes envolvendo violência contra mulher e espera que com a prisão, outras vítimas procurem a delegacia para denunciar o suspeito.