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Polícia Civil faz operação em Cuiabá, VG e Livramento contra corrupção em unidades do Detran

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A Polícia Civil deflagrou a operação “Hidra de Lerna”, esta manhã, para combater o crime de corrupção em duas agências do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran). Desde as primeiras horas, 160 policiais civis estão nas ruas para o cumprimento de 15 mandados de prisão preventiva e 18 conduções coercitivas – totalizando 33 ordens judiciais – nas cidades de Cuiabá, Várzea Grande e Nossa Senhora do Livramento.

A operação, denominada “Hidra de Lerna” (animal da mitologia grega, com corpo de dragão e nove cabeças de serpentes, hálito venenoso e que se regenerava), foi desencadeada depois de investigações da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva) e do Núcleo de Inteligência da Regional de Cuiabá.

O trabalho é acompanhado pela Corregedoria do Detran e a Coordenadoria de Fiscalização de Credenciados, que deram total apoio durante as apurações da  Especializada em Roubos e Furtos de Veículos Automotores (Derrfva). Uma ação semelhante foi desencadeada, ontem, em Comodoro (região Oeste), culminando na prisão do chefe da 42ª Ciretran e de seu pai por esquema criminoso montado naquela unidade de trânsito.

A investigação presidida pela Derrfva iniciou em 2015, ainda quando o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, presidia o Detran. Todo o trabalho iniciou no Setor de Vistorias do Departamento de Trânsito, em que havia suspeita de que veículos roubados ou furtados, que eram passados pela vistoria sem nenhuma restrição.

As investigações, que tiveram outras operações já desencadeadas, evoluíram chegando a descoberta de uma esquema maior na 5ª Circunscrição Regional de Várzea Grande (Ciretran), onde despachantes vendiam facilidades para que terceiros tivessem veículos com irregularidades vistoriados por servidores da unidade como se fosse carro regular, conforme a legislação de trânsito.

Outro “serviço” prestado era denominado  “vip” e consistia no pagamento de propina para antecipar agendamentos de vistoria veicular. O valor cobrado variava entre R$ 50 a 100, por veículo. O esquema ia ainda além. Quando os benefícios não eram obtidos em Várzea Grande, os supostos clientes eram direcionados a procurar a Agência Municipal de Trânsito de Nossa Senhora do Livramento, que entre os serviços criminosos prestados estava à suspensão de multas de trânsito e pontos na carteira de habilitação, junto a Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), ligada a Prefeitura de Cuiabá.

Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá.

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