O principal suspeito de assassinar Adriana Gonçalves Ferreira, 36 anos, e a mãe dela, Cleide Camporezi Ferreira, 61 anos, ontem à noite, em Tabaporã, permaneceu em silêncio durante o interrogatório na Polícia Civil de Porto dos Gaúchos (150 km de Sinop). No entanto, o delegado responsável pelo caso Albertino Félix de Brito Júnior explicou, ao Só Notícias, que as provas levantadas até o momento apontam que o homem de 46 anos é o responsável pelo duplo homicídio. “Aos policiais militares que efetuaram a prisão ele confessou o crime. Estamos reunindo as demais provas, como depoimento de outras testemunhas, e vamos entregar o flagrante na comarca de Tabaporã”.
Albertino acredita que o crime tenha motivação passional. Segundo ele, Adriana e o suspeito tiveram um relacionamento que durou dois anos, porém, se separaram há cerca de três meses. O acusado não teria aceitado o término do namoro. “Pelo depoimento das testemunhas, ele era obcecado por esta relação. Pessoas próximas às vítimas relataram que, há algum tempo, o suspeito ameaçava a ex-namorada. Um parente ainda afirmou que ele havia enviado um vídeo, no qual prometia matar Adriana e se suicidar, em seguida. Agora, pretendemos fazer uma perícia no celular dele e também da vítima, para confirmar se este vídeo realmente existiu”.
O duplo homicídio ocorreu em uma residência localizada na rua Oscar Kunio Kawakami, no centro de Tabaporã. As vítimas foram atingidas por várias facadas, não resistiram aos ferimentos e faleceram no local. Ambas foram encontradas mortas por um parente, que acionou a Polícia Militar. Após conversar com familiares das mulheres, os militares se deslocaram até a residência do ex-namorado de Adriana, na rua Ari Zendron, também no centro, uma vez que ele havia sido apontado como possível suspeito.
No local, os policiais encontraram o acusado e, conforme uma fonte da PM, ele estava com as mãos ensanguentadas. Segundo a Polícia Militar, o homem estava “transtornado” e confessou o crime, sem dar muitos detalhes sobre a motivação. Em uma das versões contadas, ele afirmou apenas que discutiu com Adriana e a esfaqueou. Cleide teria “entrado na briga” e acabou atingida por golpes de faca também.
O acusado continua detido no presídio de Porto dos Gaúchos. Os corpos das vítimas foram encaminhados para o Instituto Médico Legal (IML) de Juína, onde passaram por exame de necropsia. Ainda não foram divulgados horários e locais dos procedimentos fúnebres. As vítimas eram moradoras de Tabaporã. Segundo informações repassadas à PM, Adriana trabalhava como recepcionista no Fórum do município. Cleide, por outro lado, era aposentada.