As duas mulheres acusadas de envolvimento no assassinato de Roseli Ribeiro de Melo, 44 anos, continuam em uma cela na delegacia de Polícia Civil, localizada no centro. O esposo de uma delas foi transferido para o presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”. Os três estão presos temporariamente por 30 dias.
O delegado Carlos Eduardo Muniz informou, ao Só Notícias, que não existe mais vagas na cadeia feminina do município. “Tentaremos a possibilidade de transferi-las para alguma unidade feminina do Estado como Rondonópolis ou Cuiabá. No entanto, esse procedimento não depende mim agora e sim da Justiça”.
O inquérito ainda está sendo concluído e, nos próximos dias, será remetido ao Ministério Público Estadual. “Temos todas as provas suficientes para mantê-las na prisão. Pedirei ao MPE a conversão para prisões preventivas, pois elas confessaram o crime com requintes de crueldade e tudo premeditado. O terceiro suspeito também permanece por 30 dias. A princípio, ele “não teve” participação direta no crime, mas a Justiça é quem decidirá se ele permanecerá preso depois deste prazo”.
Dentro destes 30 dias, se as suspeitas não forem transferidas, elas podem ser liberadas
Conforme Só Notícias já informou, as duas mulheres foram presas em cumprimento de ordem judicial e confessaram participação no brutal assassinato de Roseli. O corpo foi enterrado em uma vala, na estrada Nanci, e localizado no dia 26 do mês passado por policiais civis. "Elas alegam uma série de motivação. Disseram que eram amigas há tempo e haveria problemas proveniente dessa amizade. Elas se contradizem nas informações", informou, ao Só Notícias.
Agora, a polícia passa a confrontar as informações com as provas obtidas e prossegue a apuração. O delegado também relatou a explicação das acusadas por ter sido jogado soda na cabeça de Roseli. Elas disseram que a intenção era "derreter (corpo) para evitar o reconhecimento". Muniz aponta ter ficado claro "que ambas foram ao local com a vítima, deram pauladas (nela) e usaram facas" para cometer o brutal assassinato. Em seguida, levaram o corpo até o ‘valetão’ e as enterraram.
A polícia foi comunicada, em fevereiro, sobre o desaparecimento de Roseli (que residia no Camping Clube) e, após 55 dias, o corpo foi encontrado. Após as prisões, três investigadores e dois peritos acompanharam uma das suspeitas e refizeram o trajeto, onde se encontraram com Roseli e lhe ofereceram carona até o Camping Clube, onde morava. "Ligamos para ela [Sueli] e oferecemos carona. Nos encontramos na rua dos Lírios e fizemos um trajeto pela cidade antes. Passamos com ela pela rua das Orquídeas, pela avenida das Palmeiras, e seguimos pela BR-163. Ao chegarmos no Camping, convencemos ela [vítima] a ir até um amigo, solteiro, que queria conhecê-la. Então seguimos pela MT-220, conversando com ela, normalmente, até chegarmos na estrada Nanci. Ali a matamos com pauladas e facadas e escondemos o corpo na mata", relatou uma das acusadas, que está presa.