Em 24 horas da segunda fase da operação “Civil na Carga Máxima”, 495 pessoas foram levadas à prisão em todo o Estado. A ação simultânea das 170 delegacias de polícia iniciou, ontem pela manhã, e finalizou nas primeiras horas da madrugada de hoje. A primeira fase da operação ‘Civil na Carga Máxima’, realizada em 4 de março, foi concluída com 408 presos.
Foram presos 126 suspeitos de crimes na região metropolitana, 345 nas unidades do interior, além de 24 mandados de prisão cumpridos pela Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes. Entre os detidos estão 66 menores infratores, sendo 41 deles apreendidos na Grande Cuiabá por atos infracionais correspondentes aos crimes de roubo, tráfico de drogas e homicídio. Outros 23 menores foram apreendidos em situação de flagrante ato infracional.
Criminosos foragidos da Justiça tiveram atenção das delegacias de polícia. Foram cumpridos 207 mandados de prisão (preventiva e temporária) de pessoas já investigadas em inquéritos policiais, a exemplo, de casos de estupros contra crianças e mulheres, roubos, homicídios, latrocínios e tráfico de drogas.
As demais prisões são oriundas de flagrantes ocorridos durante o cumprimento de mandados de buscas, para crimes diversos, entre eles o tráfico, embriaguez ao volante, posse e porte irregular de arma de fogo e munições.
Durante todo o período da operação 1.904 pessoas foram abordadas preventivamente, 593 delas conduzidas para as Delegacias a fim de averiguações. No universo, estão 701 condutores de veículos que tiveram seus documentos e veículos checados.
No campo das infrações penais, 272 termos circunstanciados de ocorrências (TCO) foram lavrados em situações como posse ou uso de drogas, condução sem carteira de habilitação, entre outras. Um casal, a mulher de 36 anos e o homem de 56, foi autuado em Barra do Garças por contravenção penal de jogos de azar. Com a mulher foi apreendida uma máquina de fazer apostas, a quantia de R$ 731 e mais duas bobinas de papel para confeccionar os jogos. Com o homem foram recolhidas bobinas e mais R$ 353.
A diversidade de produtos apreendidos também foi grande. Foram 68 quilos de drogas, 83 armas de fogo, 1.600 munições, R$ 91.756, em espécie, e mais R$ 294 mil bloqueados pela Justiça em investigação de estelionato. Na relação de apreensões ainda constam frascos de perfumes, facas, petrechos de pesca, material usado em tatuagem, rádios comunicadores, ferramentas de garimpo, notebooks, computadores, balanças de precisão, serras, cachimbos, relógios, lanternas.
O delegado geral da PJC, Adriano Peralta Moraes, disse que outras operações nos mesmos moldes devem ser realizadas. “Estamos trabalhando e essas operações, aquilo que dá certo, é repetida. Fizemos várias operações no ano passado e outras virão”, afirmou. “É uma repressão qualificada, que demora entre 40 e 50 dias para acontecer. Precisamos de um período anterior para fazer toda a investigação para depois dar o ‘bote’ e você precisa também, depois, de um período posterior para terminar a demanda que aquilo gera, de apreensões, de inquéritos a ser concluídos e perícias a serem feitas”.
Peralta também destacou a participação de todas as diretorias, alunos da Academia de Polícia Civil, setores administrativos da Diretoria Geral e policiais da Corregedoria Geral. “Esse é o formato de operação que melhor se adequou nos 16 meses que estamos à frente da instituição. Envolve toda a diretoria, todas as unidades do Estado, que precisam apresentar para o dia um produto”.