Investigações da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP) esclareceram um homicídio ocorrido quando a vítima assistia a uma partida de futebol. De acordo com informações da assessoria da Polícia Civil, Marcides Ferreira Campos foi morto no dia 12 de dezembro do ano passado, próximo ao miniestádio no bairro Praeirinho. Ele trabalhava como cobrador.
No dia do crime, o local estava cheio de torcedores que assistiam ao jogo. A vítima, após uma discussão, foi atingida por oito disparos de arma de fogo. O inquérito policial foi finalizado com autorias definidas e indiciamento de três pessoas pelo crime de homicídio qualificado. Os suspeitos tiveram os mandados de prisão temporária, expedidos pela 12ª Vara Criminal da capital. Os indícios apontam que o crime foi motivado por ciúmes.
F.V.R., 22 anos, e sua companheira K.M.S., 19 anos, estão foragidos desde o dia do crime. Já o terceiro envolvido F.M.S., 32 anos, está preso. Nas diligências e depoimentos de testemunhas, a Polícia Civil descobriu que Marcides era ex-marido de K.M.S.
O delegado Antônio Carlos de Araújo, que preside as investigações, informou que a vítima era conhecida por exercer função de “cobrador” e já estava no local com um grupo de amigos, quando sua ex-mulher chegou acompanhada de F.V.R., iniciando algumas provocações.
“Houve uma discussão entre Marcides e F.M.S., que tomou a iniciativa e perguntar à vitima se era o 'bravo'. Nisso efetuou o primeiro disparo. Foi quando Marcides segurou na mão do acusado e entraram em lutar corporal. F.M.S. arremessou a arma para F.V.R., que efetuou disparos. Logo depois F.M.S. pegou a arma novamente e deu os disparos finais. A vítima tentou correr, mas ao se distanciar um pouco acabou caindo, entre dois veículos, morrendo no local”, detalhou o delegado Antônio Carlos.
Em seguida, F.V.R. e a jovem fugiram utilizando um veículo e não foram mais localizados. O coautor do homicídio, fazia o uso de tornozeleira eletrônica no dia do crime e também estava foragido, até ser preso em flagrante por crime de roubo.
Com base nas ordens judiciais em aberto, os policiais civis da DHPP se deslocaram até a Penitenciária Central do Estado (PCE), onde F.M.S. está recolhido e o conduziram à delegacia para ser interrogado, esta manhã. Ele confessou crime.
Este tem passagens pela polícia por quatro roubos qualificados, tendo três condenações pelo crime, sequestro, apropriação indébita, uso de documento falso, e agora homicídio. Ele é considerado de alta periculosidade.