Os policiais rodoviários federais (PRFs) de Mato Grosso e de todo o país estão em estado de greve e podem paralisar as atividades logo no primeiro mês de 2016. No dia 18, a categoria se reúne com o governo federal em Brasília para tentar obter uma resposta definitiva às demandas que foram discutidas durante todo o ano de 2015.
A principal cobrança dos policiais é a restruturação da carreira, sobretudo no que tange ao ajuste salarial que cubra as perdas de inflação, o subsídio para nível superior, pagamento de adicional noturno, dentre outros. A recomposição do efetivo também é tida como urgente para a categoria, uma vez que no Brasil há 10 mil PRFs, sendo que a lei da profissão prevê 13 mil, acarretando um deficit de 23%. Em Mato Grosso, há apenas 350 policiais rodoviários federais.
Em carta aberta divulgada à imprensa recentemente, os policiais alegam que estão sem motivação para trabalhar e isso pode refletir nas atividades na segurança rodoviária. Para o presidente do Sindicato dos Policiais Rodoviários Federais de Mato Grosso (SINDPRF -MT), Paulo Melo, o governo federal tem se mostrado autoritário e opressor, pois já conseguiu uma liminar junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) proibindo uma possível greve. Além disso, uma portaria publicada pelo ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, previu que os PRFs em estágio probatório deverão aplicar multas para adquirir estabilidade. “Não somos instrumentos autoritários do governo para arrecadar dinheiro para eles. Continuaremos sendo uma polícia forte e cidadã”.