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Polícia Civil deve indiciar mais de 40 traficantes alvos de mandados na operação Babilônia em Cuiabá

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Cerca de 40 membros da organização criminosa que cobrava mensalidade em pontos de comércio de drogas (bocas de fumo), em bairros de Cuiabá, serão indiciados ao final do inquérito policial da operação “Babilônia”, deflagrada hoje, pela Polícia Judiciária Civil por meio de investigações da Delegacia Especializada de Entorpecentes (DRE).

A operação cumpriu 24 mandados de prisão preventiva e 58 buscas e apreensão domiciliar, totalizando 82 ordens judiciais expedidas pelas 13ª e 9ª Varas Criminais de Cuiabá. Todos responderão por tráfico e associação para o tráfico de drogas. Sete dos envolvidos também foram autuados em flagrantes por tráfico de drogas, posse irregular de arma e munições.

Na ação, que mobilizou 260 policiais civis, foram presos 27 traficantes, dos quais três foram flagrados com entorpecentes em suas casas e outros 24 foram notificados da ordem de prisão. As prisões ocorreram em Cuiabá, Várzea Grande e Rondonópolis

Dois traficantes, que são moradores de Cuiabá, foram encontrados em Rondonópolis. Eles foram presos em flagrante no momento em que comercializavam drogas na cidade, além de terem os mandados de prisão cumpridos.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, o grupo comandava mais de 50 bocas de fumo em três bairros da Capital: Pedra 90, Tijucal e Osmar Cabral. Um dos líderes da associação criminosa, que atua no bairro Pedra 90, tem enorme poder de influência sobre os demais traficantes, considerados menores. Ele integra uma facção, que atua de dentro de presídios, sendo responsável pelo cadastramento das bocas de fumo no bairro.

O criminoso cobrava R$ 100 para que a boca de fumo se mantivesse em funcionamento. Em sua casa, os policiais encontraram listas em papel com nome dos pontos de drogas e mais de R$ 5 mil. “Havia uma arrecadação de dinheiro para que a boca de fumo pudesse funcionar. E para isso cobravam um pagamento mensal. Identificamos aproximadamente 50 bocas. Um desses documentos foi apreendido na casa do principal líder. Ele que fazia essa cobrança. Sobre movimentação de valores, quantidade de drogas isso será analisado ainda”, disse o delegado Rodrigo Azem.

Ainda na operação foram encontrados tabletes de pasta base, balança de precisão e uma arma de fogo. 

A investigação foi iniciada há sete meses com denúncias apuradas pela Núcleo de Inteligência da Delegacia de Entorpecentes, que evoluíram para apreensões de drogas, prisões de traficantes e detenções de usuários, originando 15 procedimentos (inquéritos e termos circunstanciados de ocorrências) na Delegacia.

Conforme o delegado, Rodrigo Azem, o trabalho investigativo e operacional identificou a existência de membros que desempenham funções específicas, sinalizando que são parte de uma ramificação que atua fortemente no mundo do crime. O comércio de drogas objetiva angariar lucros, meio de vida para sobrevivência de traficantes, que com a venda de drogas fomentam diversos crimes como roubos, furtos e homicídios.

O delegado Marcelo Muniz Miranda classificou os traficantes, investigados na operação “Babilônia”, de médio porte porque trabalham no tráfico doméstico, aquele também conhecido por “formiguinha”, em razão de movimentar pouca quantidade de drogas, mas de forma intensa.

“Outras frentes serão iniciadas pela Delegacia visando identificar os fornecedores diretos, o dono da droga, aquele que traz o entorpecente da fronteira para comércio nessas bocas de fumo”, declarou por meio da assessoria.

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