As forças de segurança pública já prenderam 12 dos 27 fugitivos da Penitenciária Major Eldo Sá Corrêa (Mata Grande), ocorrida hoje de madrugada desta sexta-feira. Também foram presos dois homens que deram suporte à ação.
Um Gabinete de Gestão Integrada (GGI), formado pelas Secretarias de Estado de Segurança Pública, de Justiça e Direitos Humanos e Comando Regional, foi instalado na cidade para apurar as circunstâncias da fuga e garantir a segurança para a população. Os presos fugiram após a explosão em parte do muro lateral direito, causada por artefatos presos em uma bicicleta, acionada a distância. Os dois presos são suspeitos de terem colocado os explosivos no muro. Um deles foi identificado, tem 18 anos e é montador de móveis.
Segundo o secretário de Segurança Pública, Gustavo Garcia, foi feito planejamento operacional para garantir a tranquilidade tanto para os moradores Rondonópolis quanto de cidades do entorno. “Também vamos ampliar as investigações e apoiar o trabalho da Delegacia Regional, por meio da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Gerência de Operações Especiais (GOE) da Polícia Judiciária Civil (PJC) e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Polítec)”, assegurou. A ação também conta com o apoio do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Batalhão de Operações Especiais (Bope), e Força Tática.
A perícia já foi feita no local, conforme informou o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos, Fausto José Freitas da Silva. “Estamos no aguardo do laudo para averiguar os detalhas da dinâmica da fuga. Também agradecemos a PM e Polícia Civil pelo apoio desde o início”. Sobre uma manifestação de familiares dos presos, realizada no dia anterior, reivindicando melhorias na infraestrutura do presídio, o secretário disse que ainda não há relação deste fato com a fuga. “Vincular esse manifesto com o episódio desta madrugada ainda é prematuro. Mas vamos apurar e, havendo provas de que houve uma ação deliberada para desviar a atenção das forças de segurança pública, as pessoas que participaram deste movimento poderão ser responsabilizadas”, acrescentou.
O promotor de Execução Penal de Rondonópolis, Reinaldo Vessani, solicitou que a polícia priorize a averiguação de como os dinamites foram adquiridos, já que a venda é controlada pelo Exército Brasileiro. “Estou à disposição para auxiliar nisso, e pediu para a PJC checar se há algum Boletim de Ocorrência de roubo de dinamite, que pode ter ocorrido em alguma mineradora, por exemplo”.
As quatro torres de vigilância do presídio estavam com o plantão em ordem, feito por 35 agentes penitenciários, conforme informou o titular do 4º Comando Regional de Rondonópolis, Tenente Coronel Wilker Soares de Sodré. “Estamos empenhados na apuração dos fatos e esse reforço das forças de segurança é fundamental, porque queremos garantir a tranquilidade para todos. Dividimos o efetivo em quatro grandes áreas na cidade, e locais com grande circulação de pessoas”.
A informação é do Gabinete de Comunicação.
( Atualizada às 23:48h)