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Delegado não descarta envolvimento de ex-funcionários em incêndio de prefeitura no Nortão

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A Polícia Civil de Nova Bandeirantes (525 quilômetros de Sinop) está trabalhando com pelo menos três linhas de investigações relacionadas ao incêndio que destruiu a prefeitura, na última segunda-feira. O delegado Vinícius de Assis Nazário, explicou, ao Só Notícias, que não está descartado o envolvimento de ex-funcionários e também a utilização do fogo para destruição de arquivos que poderiam comprovar a realização de licitações irregulares das gestões anteriores.

“Nós temos também a possibilidade de envolvimento de ex-funcionários, que foram demitidos pelo atual prefeito. Pode ser uma retaliação por conta das demissões ou por causa das investigações da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz). Vamos trabalhar com as informações que nós temos e levantar mais elementos para requerer prisões”, afirmou.

O delegado adiantou que já foram ouvidas mais de oito testemunhas, porém preferiu não divulgar o teor desses depoimentos. “Estamos trabalhando com três linhas de investigação, mas nenhuma delas se confirmou e não podemos divulgar ainda. O prefeito já levantou alguns suspeitos e estamos apurando. Existe a possibilidade de ser uma dessas pessoas indicadas por ele. Porém, ainda não temos uma prova concretar para indiciar e pedir a prisão de alguém. A investigação ainda está na fase preliminar. No memento, não podemos adiantar nada do que essas pessoas nos contataram”.

Vinícius de Assis disse ainda que o incêndio surpreendeu as autoridades policiais e os moradores da região. “Surpreendeu à polícia e os moradores pela ousadia. A prefeitura ficava a poucos metros da delegacia e do quartel da Polícia Militar. Renderam o vigilante e deixaram claro que fariam a ação criminosa. Essa frieza como praticaram o crime nos surpreendeu. Além disso, ocorreu logo após a operação para combater crimes fazendários contra a administração”.

Conforme Só Notícias já informou, a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) de Alta Floresta deve apontar, nos próximos 15 dias, as causas do incêndio que destruiu a prefeitura. O perito criminal, Alan Figueiredo, explicou que foram coletadas amostras das cinzas e encaminhada ao laboratório para serem analisadas. “O objetivo é constatar se houve a utilização de algum combustível para dar início e acelerar a propagação do fogo no prédio. Preliminarmente foi possível constatar que as chamas atingiram com mais intensidade alguns setores como o de finanças, tesouraria e recursos humanos. Nestes locais, funcionários informaram que ficavam muitos documentos importantes da prefeitura. O laudo dessas constatações deve ser entregue à polícia. Visualmente não foi possível apontar o local que iniciou incêndio”, disse.

O prefeito Valdir Pereira dos Santos (PR) apontou que o incêndio pode ter sido criminoso e afirmou que dois homens encapuzados renderam o vigilante e atearam fogo. “Eles renderam o servidor e disseram que iram fazer um ‘servicinho’ na prefeitura. Queriam saber onde era a minha sala, mas o guarda apontou para o outro lado e neste local o fogo começou".

Um novo prédio será alugado pela administração municipal para funcionar a prefeitura, mas ainda não há prazo para iniciar os atendimentos.

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