O diretor da Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Luiz Carlos Lauer, registrou um boletim de ocorrência, ontem, na delegacia de Polícia Civil, informando que a unidade não tem condições de atender a demanda e não estão conseguindo cumprir com o protocolo adotado pelo município. No documento, o diretor relata que “devido ao fechamento do Hospital Regional de Sinop a UPA está atendendo em caráter de calamidade pública, inclusive as demandas do Corpo de Bombeiros e da concessionária que administra a BR-163. Tendo em vista que a unidade não tem equipe nem estrutura para atender o grande número de pacientes". O diretor pede que as autoridades competentes tomem as medidas cabíveis para resolver o problema.
Conforme Só Notícias já informou, José Alves Bonfim, 63 anos, faleceu, ontem de madrugada, na UPA vítima de um traumatismo craneano, além de ter sofrido uma hemorragia interna, quebrado uma das costelas e o fêmur. Segundo o filho de José, ele estava em estado grave e precisava passar por uma cirurgia, procedimento que a UPA não faz, e ser encaminhado a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), o que não ocorreu porque o hospital regional suspendeu os atendimentos por falta de insumos. Ele ainda relatou que os médicos tentaram encaminhar José a um hospital outro munícipio para passar pelos procedimentos necessários, mas não deu tempo. José faleceu algumas horas depois de ser levado a unidade. O sepultamento está previsto para hoje.
O hospital regional deixou de atender alguns casos de urgência e emergência alegando falta de repasses financeiros por parte da secretaria estadual de Saúde. A secretaria informou que quitou repasses de junho, julho e falta o de agosto.
A prefeita Rosana Martinelli esteve ontem, na UPA, constatou a super lotação e pediu apoio do governo para resolver a situação do hospital regional.