A segunda fase da operação “Corruptus”, da Polícia Civil de Colíder (157 quilômetros de Sinop), prendeu ontem, mais três agentes penitenciários, acusados de coagir testemunhas da investigação que desarticulou um esquema de entrada de aparelhos celulares e drogas ilícitas na cadeia feminina. Os agentes (uma mulher e dois homens) tiveram os mandados de prisão concedidos pelo poder judiciário.
Segundo relatos de presas, colhidos no inquérito policial, os agentes detidos nessa fase da operação, também integrariam o esquema de entrada de celulares dentro da cadeia feminina. As reeducandas também relatam que após a prisão da primeira agente prisional no começo deste mês, elas teriam sido coagidas a mudar as informações prestadas, alegando terem sido pressionadas na delegacia de Polícia, quando fossem ouvidas em juízo. Segundo as presas, receberam também ameaças dizendo que caso uma delas recebessem alvará de soltura seriam "eliminadas" do lado de fora da cadeia.
No dia 5 deste mês, a Polícia Civil deflagrou a primeira fase da operação, levando a prisão de uma agente penitenciaria de 40 e a ex-presidiária de 30 anos. Elas respondem pelos crimes de organização criminosa, corrupção passiva e outros delitos em apuração ainda. As ordens foram cumpridas pelo delegado Vinicius de Assis Nazário, substitui o delegado Ruy Guilherme Peral, em suas férias. A equipe do Grupo Armado de Resposta Rápida de Alta Floresta também reforçou a ação policial.