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Presos dois em Mato Grosso que aplicaram R$ 60 mil em golpes em familiares de pessoas internadas

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A Polícia Civil informou, há pouco, que um homem e uma mulher acusadas de aplicar golpes em parentes de pacientes internados em Unidades de Tratamento Intensivo (UTI) foram presas, ontem, em Barra do Garças, e teriam conseguido aplicar cerca de 20 golpes, com prejuízo de mais de R$ 60 mil para diversas vítimas. A mulher teve sua conta bloqueada há alguns dias após denúncia de uma vítima na Paraíba, que havia realizado depósito no valor de R$ 2,9 mil, na conta dela para a realização de exame de urgência de um familiar internado em tratamento intensivo.

Com isso, teve que comparecer na agência para fazer o desbloqueio. Ao verificar a situação registrada no sistema, o funcionário do banco acionou a Polícia Civil e policiais da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos (Derf) saíram em diligência. Chegando ao banco, ela foi abordada e questionada sobre a origem e destino do valor que ela estava tentando sacar. A golpista disse apenas que o dinheiro pertencia ao homem e que ele estaria em sua residência esperando ela. Eles foram ao local e o outro golpista acabou confessando o envolvimento nos crimes, confirmou também que o dinheiro que a comparsa tentava sacar era de mais um golpe que teria obtido êxito. De acordo com a polícia, ele confessou ter conseguido aplicar 20 golpes, arrecadando cerca de R$ 60 mil. Na casa foi apreendida uma porção de haxixe. Na residência também foram encontrados diversos comprovantes de depósitos em contas-correntes diversas. A mulher foi autuada em flagrante pelo crime de estelionato e ele também por tráfico de entorpecentes.

A Polícia Civil de Mato Grosso informa ainda que o homem fazia contato nos hospitais e com um nome genérico buscava algum paciente que estaria em tratamento na unidade, com isso, no segundo passo ele refazia o contato com o hospital, agora se identificando como familiar do paciente internado, conseguia as informações necessárias para dar credibilidade a prática criminosa e assim mantinha contato telefônico com familiar da vítima. A situação de vulnerabilidade do familiar era o ponto fraco que o criminosos utilizava para conseguir dinheiro. Ele se identificava como profissional do hospital responsável pelo paciente internado e alegava a necessidade de realização de algum procedimento médico em caráter de urgência e os familiares depositavam de R$ 2 mil a R$ 3 mil para cada procedimento, alegando em casos de paciente com plano de saúde que o valor pago poderia ser ressarcido pelo plano posteriormente, mediante a comprovação do pagamento. Ele utilizava conta de terceiros para receber o dinheiro.

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