A aeronave monomotor roubada no momento em que pousava no Hotel Sesc Porto Cercado, na região do Pantanal, em Poconé (104 quilômetros de Cuiabá), foi detectada voando sobre a fronteira com a Bolívia. O piloto também foi sequestrado durante o crime, que aconteceu na última quarta-feira. Seu paradeiro continua desconhecido.
De acordo com informações da Força Aérea Brasileira (FAB), o piloto Rogério Lana Gomes, 61, acionou o código de interferência ilícita no transponder, o que permitiu que o radar pudesse monitorar o voo da aeronave modelo Cessna prefixo PR-ESC.
O código é digitado em caso de ameaça de perigo grave e iminente e, assim que acionado, permite que o controlador de trafego área identifique a aeronave e acione o comando de operações aeroespaciais para que se realize o monitoramento e vigilância do voo.
O último registro do monitoramento, feito por meio do radar, foi no dia do roubo, na fronteira com a Bolívia. Ainda segundo a FAB, não há como precisar se a aeronave pousou em fazendas ainda no Brasil, se conseguir chegar ao país vizinho ou se simplesmente saiu do alcance do radar.Isto porque o sinal do radar tem alcance limitado e, quanto mais baixo o voo, mais difícil de detectar.
A FAB afirma que comunicou a Polícia Federal em Mato Grosso. As equipes das unidades especializadas do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) e do Grupamento Especial de Fronteira (Gefron) também estão em busca dos criminosos do piloto.
O avião foi roubado assim que o piloto pousou. Ele viajava de Cuiabá para o hotel, para realizar os serviços rotineiros de operação e monitoramento do espaço. No momento do pouso, ele foi interceptado e levado junto com a aeronave. Seus familiares, que são de Vitória (ES), vieram para Cuiabá para acompanhar as investigações.