Dois suspeitos de envolvimento no assassinato de nove pessoas na gleba de Taquaruçu do Norte, em Colniza, foram presos pela força-tarefa constituída pela Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp). Outro suspeito foi identificado, mas ainda não foi detido. O acusado de ser mandante das mortes também já foi identifica e está foragido. Contudo, negocia por meio do advogado a rendição. O secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, vai falar sobre o caso em entrevista coletiva, esta tarde.
Um grupo de pessoas encapuzadas invadiu a gleba (a cerca de 250 quilômetros de Colniza), no dia 20 do mês passado, e assassinou nove pessoas com tiros e golpes de facão. A localidade fica isolada em uma região de floresta sem qualquer tipo de comunicação, seja por rádio ou telefone celular. Devido à distância e dificuldades de acesso, o crime só foi comunicado às autoridades policiais por volta das 12h, quando moradores que presenciaram os assassinatos conseguiram chegar ao distrito de Guariba.
"Quando as informações chegaram ao conhecimento do sistema de segurança pública do Estado, enviamos imediatamente Policiais Militares, Policiais Civis, Bombeiros e peritos das cidades de Colniza e Juína até a localidade. Eles chegaram lá na madrugada de sexta-feira, sob forte chuva, o que dificultou ainda mais o acesso à gleba", disse o secretário estadual anteriormente.
Após a chacina, a secretaria criou uma força-tarefa com 50 agentes públicos trabalhando na investigação. Entre as vítimas estavam seis pessoas de Colniza e outras três de Rondônia.
As vítimas foram identificadas pela equipe da Politec, composta por médico legista, papiloscopista e técnico de necropsia como Izaul Brito dos Santos, 50 anos; Ezequias Santos de Oliveira, 26 anos; Samuel Antônio da Cunha, 23 anos; Francisco Chaves da Silva, 56 anos; Aldo Aparecido Carlini, 50 anos; Edson Alves Antunes, 32 anos; Valmir Rangeu do Nascimento, 55 anos; e Sebastião Ferreira de Souza, 57 anos, que era pastor da Assembleia de Deus.