As investigações das forças de segurança sobre os nove assassinatos ocorridos na localidade de Taquaruçu do Norte, em Colniza, na semana passada, estão avançando e caminham para a identificação dos autores e dos mandantes dos homicídios. Uma força-tarefa composta por 50 agentes públicos está na região trabalhando na investigação dos crimes. E além das ações envolvendo a segurança pública, outras medidas serão implementadas pelo governo do Estado em diferentes áreas de atuação para atender demandas da população local.
O delegado Marcelo Miranda, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), está auxiliando as investigações e foi para a região acompanhar pessoalmente os trabalhos. Também fazem parte da equipe três investigadores, um escrivão de polícia e mais três peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso (Politec), especializados em local de crime e balística. Este grupo faz parte da segunda etapa da força-tarefa composta por 50 agentes do Estado que estão no local para esclarecer a autoria dos nove homicídios e buscar a prisão dos criminosos.
"Vamos trazer um resultado eficiente e dar uma resposta a toda a população mato-grossense", disse o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, que na segunda-feira (24) esteve na cidade de Colniza em reunião com autoridades, moradores e representantes da sociedade civil organizada.
Detalhes do andamento das investigações, no entanto, ainda não podem ser divulgados por questão de segurança e para não atrapalhar as ações de inteligência que estão em curso na região.
Um grupo de pessoas encapuzadas invadiu uma gleba na localidade de Taquaruçu do Norte no fim da tarde de quarta-feira (19.04) e assassinou nove pessoas com tiros e golpes de facão. A gleba fica distante cerca de 250 km da sede do município de Colniza (1.065 km de Cuiabá) no noroeste de Mato Grosso. A localidade fica isolada em uma região de floresta sem qualquer tipo de comunicação, seja por rádio ou telefone celular.
Devido à distância e dificuldades de acesso à região, o crime só foi comunicado às autoridades policiais por volta das 12h de quinta-feira (20.04), quando moradores que presenciaram os assassinatos conseguiram chegar ao distrito de Guariba.
"Quando as informações chegaram ao conhecimento do sistema de segurança pública do Estado, enviamos imediatamente Policiais Militares, Policiais Civis, Bombeiros e peritos das cidades de Colniza e Juína até a localidade. Eles chegaram lá na madrugada de sexta-feira (21.04), sob forte chuva, o que dificultou ainda mais o acesso à gleba", disse o secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas.
Para chegar até Colniza, sede do município onde ocorreram os crimes, é necessário percorrer 1.065 km partindo da capital Cuiabá. Em Colniza, é preciso se deslocar cerca de 200 km até o distrito de Guariba e mais um trecho de caminhonete e de barco, que pode durar cerca de oito horas, até chegar à localidade de Taquaruçu do Norte.