A Delegacia Especializada do Meio Ambiente (Dema) resgatou dois cães da raça Lhasa Apso, de propriedade de um estudante indiciado por maus tratos de animais e associação criminosa. A Polícia Civil suspeita que ele seja membro de um grupo de zoófilos – pessoas que têm atração e envolvimento sexual com animais de outras espécies.
O rapaz aparece em imagens mantendo relação sexual com uma cadela. O vídeo circulou na semana passada nas redes sociais e causou revolta na sociedade e em diversas Organizações Não-Governamentais (Ongs) de proteção aos animais. O suspeito tem quatro cães, dos quais dois a Polícia Civil conseguiu resgatar. A cadela que aparece na filmagem ainda não foi encontrada.
Os dois cães apreendidos, uma fêmea e outro macho, estavam sob os cuidados de uma pessoa, amiga da família do envolvido, que após saber das diligências ininterruptas realizadas pela Polícia Civil durante todo o feriado de sexta-feira (21) e sábado, para apreender os animais, entrou em contato com os policiais para entregar os cachorros.
"Identificamos essa pessoa. Diligenciamos até o endereço dela, no Pedra 90, mas não a encontramos. Ao saber que estávamos a sua procura, ela entrou em contato com os policiais e negociamos a entrega dos animais. Ela foi ouvida no sábado à noite", explicou o delegado Gianmarco Paccola Capoani.
Os animais foram entregues, na Dema, ao delegado Gianmarco Paccola Capoani, que na quinta-feira (20), entrou com pedido de prisão temporária contra Emerson Fernandes Pedroso, ponderando na representação a repercussão social das "cenas criminosas filmadas pelo próprio indiciado e publicadas posteriormente nas redes sociais, que geraram repugnância maciça na sociedade", inclusive extrapolando os limites locais.
"Trata-se um fato que abalou o sentimento social, e certamente, além das questões criminais aqui investigadas, é certo que deverá haver paralelamente sanções de reparação de dano extrapatrimonial ambiental", disse o delegado.
A prisão do estudante ainda não foi decretada pelo Judiciário.
Os cães foram submetidos a exame pericial, a fim de verificar o estado de saúde deles. A autoridade policial aguarda o resultado do laudo junto a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).