O Instituto Médico Legal de Sinop identificou o quinto detento morto durante a rebelião no presídio Osvaldo Florentino Leite, o “Ferrugem”, que teve início na terça-feira pela manhã e terminou no outro dia ao final da manhã. O papiloscopista e gerente de Identificação Técnica, Marcos Nunes Neto, afirmou que trata-se de Reginaldo Agostinho, 30 anos.
O corpo foi encaminhado à funerária Luz e Vida e, segundo informações do site da empresa, não haverá velório. O sepultamento será no cemitério sinopense, esta tarde. Agostinho foi um dos cinco detentos do presídio que morreram durante a rebelião.
Inicialmente, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) havia informado um outro nome. Porém, as digitais colhidas pelos peritos não batiam com as informações que constavam no sistema prisional. Com o trabalho do IML foi possível chegar a real identidade.
Uma fonte do IML informou, anteriormente ao Só Notícias, que dos cinco mortos – dois foram decapitados, dois mortos por tiros e o quinto sofreu um infarto. Os mortos, de acordo com a secretaria estadual, estavam presos por tráfico de drogas, latrocínio, roubo e crime sexual. Eles teriam sido mortos pelos próprios detentos.
No balanço final divulgado pelo diretor executivo do Conselho da Comunidade, José Magalhães Pinheiro, e o representante da comissão de Direitos Humanos da OAB, Denovan Isidoro, outros 25 detentos ficaram feridos e 18 celas ficaram danificadas, além da estrutura hidráulica e elétrica do raio onde ocorreu a rebelião. Não há previsão de quando os reparos serão realizados.
Os secretários estaduais de Justiça, Airto Siqueira, e de Segurança Pública, Rogers Jarbas, já haviam informado que a rebelião ocorreu por conta de uma briga entre facções. Durante as negociações, os detentos reivindicavam a saída de alguns servidores, visitas íntimas e uma geladeira em cada cela.