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Detentos foram decapitados, baleados e um infartou na rebelião em Sinop; 5 mortos e 17 feridos

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A rebelião no presídio Ferrugem, hoje, teve dois detentos decapitados, dois mortos a tiros e o quinto infartou, de acordo com uma fonte de Só Notícias no Instituto Médico Legal. Até o momento, apenas um corpo foi liberado e os demais devem ser nesta quarta-feira. Os mortos, de acordo com a secretaria de Justiça, estavam presos por acusação de tráfico de drogas, latrocínio, roubo e crime sexual.

Os quatro foram mortos pelos próprios presos envolvidos na rebelião. Houve 17 feridos no balanço divulgado, no início da noite, pela secretaria de Justiça e Direitos Humanos. Nenhum agente prisional ou servidor do presídio foi ferido.

Os detentos rebelados ainda estão com duas armas (revólver ou pistola) em um raio (ala) do presídio. Conforme Só Notícias já informou, as negociações entre as forças de segurança do Governo do Estado e os presos rebelados foram suspensas no início da noite, devido ao horário e por questões de segurança. "A rebelião foi contida e está restrita a um setor da unidade" e serão retomadas nesta 4ª feira pela manhã.

O presídio está com segurança reforçada por policiais do Batalhão de Operações Especiais (Bope), Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam), Grupo Armado de Resposta Rápida (Garra), Serviço de Operações Penitenciárias Especializadas (SOE). O helicóptero da PM também está em Sinop.

O secretário de Justiça e Direitos Humanos, Airton Siqueira, que esteve em Sinop acompanhando as negociações, explicou, esta tarde, em entrevista coletiva, que houve confronto entre grupos rivais, porém, ele preferiu não informar quais seriam estes grupos e este seria o motivo da rebelião.  A rebelião começou por volta das 6h, os agentes penitenciários da torre perceberam uma movimentação estranha no raio azul e repassaram a informação aos servidores da parte interna. Quando os agentes foram verificar o que acontecia, foram feitos disparos por parte dos detentos. Os servidores recuaram, mas conseguiram conter os presos na região. Segundo ele, caso os agentes não conseguissem conter os detentos, eles poderiam tomar toda a unidade. Com isso, ficaram restritos apenas a duas alas. Neste momento, ocorreu a briga entre os grupos rivais.

De acordo com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), morreram Reginaldo Agostinho, Bruno Aparecido Bezerra, Marcelo Viturião Carvalho, Isauro Pedro Gonçalves e José de Souza Silva (que infartou). O papiloscopista e gerente de Identificação do Instituto Médico Legal (IML) de Sinop, Marcos Nunes Neto, afirmou, ao Só Notícias, que os dados coletados de José de Souza não batem com as informações que constam no sistema penitenciário. Por conta disso, há a suspeita de que o nome seja falso. O caso ainda é investigado.

Durante o dia, houve muitos momentos de tensão. Do lado de fora, foi ouvido barulho de tiros. Um grupo de pessoas ficou em frente a unidade prisional em busca de informações de quais detentos estavam feridos. Em determinados momentos, algumas pessoas ficaram na frente de viaturas que saíam do presídio. Também foi ateado fogo em lixo, em frente ao portão principal.

Uma comissão da OAB acompanhou as negociações para tentar encerrar o motim.  A secretaria de Justiça poderá transferir alguns dos envolvidos.

(Atualizada às 8h55 12/4)


 

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