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Tenente nega agressão a aluno do Corpo de Bombeiros que morreu em treinamento em Cuiabá

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A tenente do Corpo de Bombeiros Izadora Ledur de Souza nega ter praticado qualquer ato que atentasse contra a integridade física ou psicológica do aluno Rodrigo Patrício Lima Claro, 21, que morreu no dia 15 de novembro, cinco dias após passar por treinamento, comandado pela oficial.

As afirmações foram feitas durante as quatro horas de depoimento prestado na Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na tarde desta quinta-feira (16). As declarações foram dadas à delegada Juliana Chiquito Palhares, responsável pelo inquérito que apura as circunstâncias da morte do jovem, em decorrência de uma hemorragia cerebral.

A tenente depôs acompanhada do defensor Huendel Rolim e do advogado que representa a Associação dos Bombeiros. Saiu rapidamente sem falar com a imprensa. Juliana Palhares diz que sua pretensão é encerrar o inquérito policial e entregá-lo à Justiça até a sexta-feira de carnaval. A conclusão, no entanto, ainda vai depender da rotina de trabalho dela, que inclui a atuação em plantões e relatórios de outros inquéritos em andamentos.

O inquérito foi instaurado após denúncias feitas por familiares de Rodrigo, que apontam que o aluno bombeiro vinha sendo perseguido pela tenente que o teria submetido a várias sessões de afogamento, durante o treinamento em água, realizado na tarde do dia 10 de novembro, na Lagoa Tevisan. Parte dos 37 alunos que participaram do treinamento confirmou para a família que Rodrigo passou mal em decorrência dos “caldos” e reclamava de forte dor de cabeça.

Chegou a vomitar e abandonou o treinamento. Deixou a lagoa e foi em sua moto, até o quartel, onde informou aos superiores que não se sentia bem. Encaminhado para uma policlínica, passou a convulsionar. Transferido para hospital privado, foi submetido a cirurgia e morreu em Unidade de Terapia Intensiva, cinco dias depois.

A mãe de Rodrigo, Jane Patrícia Lima Claro, acusa a tenente de ser a responsável pela morte do filho. Diz que vai buscar justiça, para que a morte dele não seja em vão e que outros jovens não sejam mortos em treinamentos, como ocorreu com Rodrigo.  

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