O Governo do Estado e representantes dos servidores da Educação farão um novo estudo das perdas salariais da categoria. A decisão foi tomada na manhã desta quarta-feira, durante uma reunião entre o governador Blairo Maggi, a secretária Ana Carla Muniz (Educação), os secretários Waldir Teis (Fazenda) e Geraldo de Vitto (Administração) e a diretoria do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Mato Grosso (Sintep).
A nova análise será necessária devido a erros encontrados nos dados apresentados pelo Sintep ao Governo do Estado. “Fizemos uma análise nos dados, usamos os mesmos critérios que o sindicato usa, baseados no IPC (Índice de Preços ao Consumidor), e verificamos que há equívocos”, afirmou a secretária Ana Carla Muniz.
“Vamos ressistematizar as ações, refazer o estudo para comprovar sua legitimidade”, observou o presidente do Sintep, Júlio César Viana. Segundo os números apresentados pelo Sintep, há 16,36% de perdas salariais desde 1998. Mas os dados apresentados pela equipe do governo dão conta de uma perda de 12%.
A comissão, que fará uma comparação dos dados, é formada por técnicos das secretarias de Fazenda e Educação e representantes do Sintep. Os estudos serão feitos a partir da próxima semana.
Ana Carla Muniz ressaltou que, nos últimos dois anos, o Governo do Estado investiu R$ 34 milhões em reposição salarial aos servidores da Educação. “São direitos desses trabalhadores que vinham sendo desrespeitados nos administrações passados e que esse governo garantiu”, salientou.
Segundo a secretária, além de investir recursos para garantir os direitos de professores e técnicos, a administração estadual trabalha com outras frentes como a negociação e pagamentos de débitos com o INSS, dívidas essas que vêm se acumulando há mais de dez anos. “Esse governo negociou as dívidas, pagou 2,2 milhões de reais e já se comprometeu com mais 5,4 milhões que serão quitados no próximo ano, pois é preciso respeitar os direitos dos professores contratados também”.
A secretária reconheceu que são inúmeras as dificuldades na área, mas ressaltou que a Seduc já melhorou muito aspectos como a valorização dos profissionais por meio de investimentos em formação e infra-estrutura. “Quando chegamos, encontramos muitos professores sem o nível superior, escolas de madeira de chão batido. Hoje temos convênios com a UFMT e a Unemat que permitem investir na formação dos profissionais”, lembrou. Ela também destacou que o Governo do Estado já reformou 400 das 620 escolas estaduais encontradas em situação precária e construiu 54 novas escolas em Mato Grosso.