A Secretaria de Estado de Educação (seduc) iniciou nesta quinta-feira, em Sinop, a última etapa de formação continuada de Mediadores Pedagógicos em Educação Ambiental no Estado. O curso, que é desenvolvido pela equipe do Projeto de Educação Ambiental (PrEA) da Seduc, está sendo realizado no campus Unic Sinop e conta com a participação de mais de 80 pessoas, entre professores, alunos e membros da comunidade.
O evento foi aberto pela coordenadora do PrEA, Débora Pedrotti, que fez convite para uma mobilização em torno das questões Ambientais. “Nós costumamos olhar e tratar o meio ambiente, como se ele fosse só nosso e que não pertencesse também a outras espécies e isso precisa ser mudado urgentemente”, observou a coordenadora.
Débora ainda fez uma recomendação aos participantes. “As escolas precisam incentivar a criação de projeto ambiental escolar. Essa intervenção tem que ser de cunho reflexivo e participativo, onde todos façam uma pensem sobre a importância do meio ambiente e passem a questionar o por que disso”, disse.
“A sociedade a cada dia está mais individualista, sem perceber que ela está inserida nas relações ambientais. Por isso, o ideal é que todos estejam em um espaço ambiental de igualdade, onde todos usufruam desse espaço em igualdade e com sensibilidade para a preservação”, concluiu.
Sinop é o oitavo município-pólo do Estado a receber a formação este ano, sendo, portanto a última etapa de 2006. Os outros pólos foram: Rondonópolis; Juara; Tangará da Serra; Cáceres; Barra do Garças e Diamantino.
Nesta oitava etapa houve a junção dos municípios-pólos de Sorriso e Sinop, aonde reuniu participantes de Nova Mutum, Santa Rita do Trivelato, Lucas do Rio Verde, Tapurah, Nova Ubiratan, Feliz Natal, Vera, Santa Carmem, Cláudia, União do Sul, Itaúba, Marcelândia, Sorriso e Sinop. Juntar.
“A idéia de fazer essa união dos dois pólos se deu pelo fato de serem dois municípios próximos e que abrangem uma pequena região. Portanto achamos mais adequado fazer em um só pólo, que foi Sinop”, explicou Débora.
A formação iniciou em abril do ano passado, o qual ofereceu a mesma qualificação aos profissionais da educação de outros quatro municípios, como Cuiabá, Juína, Vila Rica e Alta Floresta. Com essa ação a Seduc beneficiou mais de mil pessoas, alcançando os municípios de cinco regiões do Estado.
Racismo Ambiental
O Racismo Ambiental também foi destacado no primeiro dia de curso. A técnica da Seduc, Ema Maria Silveira, enfatizou que a desigualdade ambiental é sem dúvida uma das expressões da desigualdade social que marcou a história do Brasil.
“Essa desigualdade em grande parte, está ligada a pobreza e a ocorrência de doenças causadas por poluição e ausência de água potável e esgoto. O que podemos observar é que os pobres e os negros estão mais vulneráveis a esses problemas, como, por exemplo, expostos às enchentes e desmoronamento”, disse Ema. “As leis ambientais em grande parte são feitas em função do retorno financeiro e nunca pelas conseqüências que pode trazer a população”, acrescentou.
Programação
Nesta sexta-feira, o curso prossegue com a conferência “Conceitos em Educação Ambiental”, com o professor doutor Luis Marcelo de Carvalho e com as oficinas: “Biodiversidade e desmatamento temas importantes para a EA”; “Oficina para jovens: COM VIDA E Coletivo Jovem”; “Origami – A arte de dobrar papel”; e “Construindo a Educação Ambiental através da Arte”.