Os alunos da Escola Estadual Dom Bosco, no município de Lucas do Rio Verde, correm o risco de ficar sem as aulas de Química e Informática, nos próximos dias. A segurança da escola também está comprometida. Os professores dessas disciplinas e o vigia estão assustados com a possibilidade de terem seus contratos anulados e não receberem salários. Eles assumiram as vagas de profissionais que deixaram o cargo no mês de julho.
Segundo informação repassada pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) à subsede do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep) em Lucas do Rio Verde, o governo não vai contratar no período eleitoral (três meses antes das eleições). “De acordo com a notícia, os trabalhadores só receberiam após a posse dos parlamentares eleitos. Quem ficaria seis meses trabalhando sem salário?”, questiona a secretária de comunicação da subsede, Cleusa de Marco.
Além de prejuízo para os trabalhadores da Educação, a medida representa a falta de aulas durante um semestre e, inclusive, o risco de os alunos perderem o ano letivo. “Sempre tivemos casos de professores que deixam as aulas no meio do período letivo. Fizemos a rescisão dos contratos dos professores que abandonaram a escola e enviamos o contrato dos novos corretamente. Não podemos ficar nessa insegurança por ser ano eleitoral”, explica.
A argumentação utilizada pela Seduc tem preocupado profissionais com contratos temporários em inúmeros municípios de Mato Grosso. “Essa é uma posição muito cômoda. Representação não proíbe nada”, afirma a direção do Sintep-MT, indignada com a postura da Seduc. Os dirigentes sindicais têm buscado um posicionamento em vão da Secretaria de Educação. Até o momento, os setores de Recursos Humanos e Financeiro não deram uma explicação.