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Sintep estuda fazer nova greve geral

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A diretoria do Sindicato dos trabalhadores no ensino público de Mato Grosso (Sintep), analisa marcar assembléia nos próximos dias, para tratar sobre nova paralisação da categoria, face à insatisfação dos professores com os rumos da negociação com o governo para o reajuste salarial. O secretário de redes municipais do Sintep, Júlio César Viana, afirma que, “possivelmente iremos nos reunir na semana que vem para definir como e quando será realizada a paralisação, se optarmos por este recurso”.

Os sindicalistas reclamam que a Secretaria Estadual de Educação não cumpriu os acordos firmados com a categoria. Os professores interromperam a paralisação no começo do ano, porque o governo concordou em reunir-se com os trabalhadores para fazer avaliações quadrimestrais da receita e da folha de pagamento.

De acordo com Júlio Viana, a primeira reunião do grupo de trabalho formado pela entidade e o órgão, estava marcada para maio. “Mas não foi realizada porque os dados da Secretaria estavam incompletos”, salienta. Uma nova reunião foi agendada e realizada em agosto. “Novamente foi solicitado um aprofundamento na avaliação dos dados”.

A análise realizada pelo sindicato, baseada na receita estadual e na folha de pagamento para o segundo quadrimestre, demonstra, de acordo com o Sintep, que havia a possibilidade de aplicar o reajuste de 6% em junho. Este percentual estabelece o piso de R$ 966 e foi proposto pela Seduc para setembro. A análise também demonstrou que, em setembro, já seria possível praticar o piso de R$ 1.050 para nível médio.

“Os números apresentados pela Secretaria estão subestimados e equivocados”, disse o sindicalista. De acordo com dados de análise do Sintep, a Seduc não considera o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) e há erros no cálculo do que é repassado pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (Fundeb). “Eles fazem os cálculos baseando-se em números do ano passado, mas os valores sofrem alterações diárias. É preciso utilizar outra metodologia, similar ao que fazemos no sindicato”, completa Viana.

“Estamos descontentes e a confiança em novos acordos está abalada. Todos os fatores somados podem levar os trabalhadores a optar por níveis de enfrentamento mais diretos, como outra greve, por exemplo”.

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