A direção do Sintep saiu ontem à tarde da reunião com o secretário de Educação, Saguas Moraes, sem conseguir a implantação imediata do piso salarial de R$ 966 para os professores das escolas estaduais. O governo está empurrando a decisão para setembro. O presidente do Sintep, Gilmar Soares, disse hoje, ao Só Notícias, que o secretário reafirmou a intenção que o reajuste de 6% para os professores, que resultou no encerramento da greve, no início do ano, seja praticado a partir do mês de setembro, mas a proposta não foi oficializado. O Sintep diz que o compromisso do governo era implantar o piso em maio.
O sindicato cobra a antecipação do reajuste para julho ou agosto. “Diante dos números apresentados, pautados na receita da Educação, acreditamos ser possível antecipar o reajuste”, afirmou Gilmar. “Se o reajuste ficar para setembro, poderemos cobrar um percentual maior do que o anunciado”. Com os 6%, o piso passaria para R$ 966.
O sindicalista afirmou, que no Conselho de Representantes, nesse final de semana, dias 02 e 03 de agosto, serão discutidos os encaminhamentos para o Congresso Estadual de Educação. Outra cobrança da categoria, é que o governo aplique 60% dos recursos do IPRF (Imposto de Renda Retido na Fonte) na Educação “o governo não aplica os recursos e tem decretado esse prejuízo à Educação de Mato Grosso”, diz. O Sintep espera recolher 10 mil assinaturas em abaixo-assinado, reividicando o repasse.
O sindicato não descarta nova paralisação caso o piso não chegue a R$ 1.050 até o final do ano. “Se não chegar a este valor, poderemos retomar a paralização”, completou Gilmar. Mato Grosso tem 30 mil profissionais na Educação e 13 mil são filiados ao Sintep.