O Conselho Diretor (CD) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aprovou por unanimidade, o projeto de criação e implantação da Universidade Federal de Rondonópolis (UFR). O projeto já havia sido aprovado pelo Conselho Universitário (Consuni) em meados de abril.
A relatora Flávia Nogueira de Lima destacou em seu parecer a “legítima aspiração da sociedade”, o trabalho detalhado e bem fundamentado da comissão encarregada de elaborar a proposta de criação da UFR, a aprovação dos três segmentos da comunidade universitária – docentes, técnicos e estudantes – e o apoio político. “O trabalho traz o processo histórico sobre como aquela unidade passou a fazer parte da UFMT e como se consolidou ao longo do tempo”, diz.
Além disso, observa, a região apresenta mudanças econômicas e sociais que apontam para a necessidade de uma universidade autônoma e forte com cursos de graduação e de pós-graduação, com produção de pesquisa e extensão, no Sul de Mato Grosso.
Em relação ao apoio político, lembra que paralelamente ao processo interno, tramita no Congresso Nacional projeto-de-lei do deputado federal Wellington Fagundes indicando a transformação do campus de Rondonópolis em universidade. Entretanto, cabe ao Executivo propor esse tipo de matéria ao Legislativo.
Flávia Nogueira explica que a UFMT vota pelo desmembramento, internamente, em suas instâncias democráticas, e encaminha o projeto para o Ministério da Educação (MEC), que decide sobre a criação e envia, por meio da Casa Civil, o projeto ao Congresso Nacional.
O reitor da UFMT, Paulo Speller, que presidente do Conselho Diretor, disse que a “UFMT é uma incubadora de universidades”. Lembrou que a UFMT apoiou a criação da UFMS (Federal de Mato Grosso do Sul), as estaduais de Mato Grosso (Unemat) e de Mato Grosso do Sul (UEMS) e que foi a partir de um de seus campi avançados que foi criada a Universidade Federal de Rondônia (UNIR) quando o então território passou a ser Estado. “Agora aprovamos a UFR e amanhã, virá a do Médio Araguaia e a de Sinop, pois o Brasil precisa de educação, educação e educação”, frisou.
Além de Flávia Nogueira, que representa o Governo do Estado no conselho diretor, participaram dessa sessão histórica para o ensino superior em Mato Grosso, a conselheira, Elizabeth Madureira de Siqueira, o conselheiro Javert Melo Vieira e Duílio Maiolino Filho, este último, representante das classes empresariais, que tomou posse hoje. Como seu suplemente tomou posse Mauro Carvalho Júnior.
O campus universitário de Rondonópolis completou 32 anos dia 31 de março deste ano. Atualmente tem 15 cursos e mais de 2500 alunos matriculados. No último vestibular ofereceu 701 vagas. Tem 178 docentes devendo ultrapassar os 200 com o concurso realizado este mês. Mais de 50% são mestres e doutores. Tem ainda cerca de 40 técnicos, devendo ingressar mais 13 no concurso que está em andamento.