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Faltam professores de história e geografia no Nortão

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Após a recente greve dos professores estaduais, agora a educação de Sinop passa por outras dificuldades: a falta de professores nas áreas de história e geografia. Desde o início do ano, as escolas estão encontrando dificuldades para contratar profissionais nessas disciplinas, já que não há mais pessoas habilitadas na cidade.

O problema surgiu esse ano com a aposentadoria de muitos docentes e a designação de outros para cargos administrativos. Segundo a Assessoria Pedagógica, durante as atribuições de aulas, os formados que apresentaram-se nas escolas, aproximadamente 10 a 12 profissionais, foram contratados, mas ainda assim sobraram muitas vagas.
Ainda não há um número exato de quantos professores faltam nessas áreas.

“A situação hoje em Sinop está complicada, os professores que assumiram no início do ano estão trabalhando, mais ainda sobraram vagas. Tem aqueles que assumiram, desistiram e foram embora para outra cidade, um exemplo é na escola Nilza, que está sem aulas de história há quase um mês”, explicou, ao Só Notícias, a assessora pedagógica, Silvia Inês Kuhn.

Para evitar que os alunos fossem ainda mais prejudicados, outros professores, como de educação física e pedagogia, ministram essas aulas, porém sem a qualidade ideal já que não atuam nessas especificas áreas por não terem a formação específica em geografia e história.

Segundo a assessora, essa situação pode piorar. “O magistério não interessa mais aos novos estudantes, pois não há vantagens aos funcionários da educação”, acrescentou. “A médio prazo, aproximadamente 8 a 10 anos pode haver um ‘apagão’ na educação, a nível nacional, não só em história ou geografia, mas sim em todas as disciplinas, quando muitos dos profissionais que estão em fase final de carreira se aposentarão e a saída será maior do que a entrada”, conclui.

A professora Eliana Carvalho, presidente da subsede do Sintep -Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso- disse ao Só Notícias que a falta de professores é em todas as áreas.”O governo não está percebendo que a educação está com sérios problemas devido a falta de atenção com os professores”, afirmou. Ela aponta ainda outros motivos que levam ao desinteresse: carga excessiva de trabalho e a falta de segurança nas escolas pois “muitos professores são ameaçados e até sofrem agressões por parte dos alunos”, concluiu.

Em Sinop, apenas uma universidade oferece curso de graduação em história, porém é particular e não atrai o interesse dos estudantes.

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