O deputado Sebastião Rezende (PR) pediu a realização de uma audiência pública em Rondonópolis, com local e horário ainda a serem definidos, para debate sobre a criação da Universidade Federal de Rondonópolis.
O projeto sobre a criação e a implantação da UFR foi entregue ao reitor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Paulo Speller, em um ato simbólico realizado há cinco dias. O reitor cobrou unidade entre os participantes do projeto, para que – ao lado de toda a classe política estadual – consigam meios para a efetivação da instituição junto ao governo federal.
Por conta disso, Rezende pediu a audiência pública – considerada um dos instrumentos mais importantes de manifestações individual e coletiva da Assembléia Legislativa, e determinante para reunião de elementos capazes de nortear empreendimentos de grande porte.
“As potencialidades econômicas e populacionais da região de Rondonópolis – composta por 22 municípios – são alguns dos principais argumentos para a cidade emancipar seu Campus Universitário, hoje pertencente à Universidade Federal de Mato Grosso, e transformá-lo em uma instituição independente – a Universidade Federal de Rondonópolis”, argumentou o parlamentar republicano.
Em sua justificativa inserida no requerimento, ele alertou que a aspiração pela aprovação do campus não é recente. “Ela surgiu no início da década de 80 e se fortaleceu em 2005, com a política de expansão universitária do Governo Federal. Há intenção, atualmente, de se criar dez novas universidades federais no país. Os profissionais que formularam este projeto fundamentaram tal pleito tendo como base não só Rondonópolis, mas todos os municípios ligados ao município-pólo”, observou o deputado. Dentro dessa fundamentação foi relatado o contexto histórico de Mato Grosso, de Rondonópolis e do campus, apresentando ainda as potencialidades regionais para sediar a sua própria universidade pública.
“A produção econômica da região de Rondonópolis – reconhecida nacionalmente, assim como a força do PIB – Produto Interno Bruto – rondonopolitano, entre vários outros dados, abonam tal reivindicação. No contexto geral, a parcela considerável da população não é atendida pelo ensino superior, não tendo condições de pagar uma faculdade particular”, diz Sebastião Rezende na justificativa do seu requerimento pedindo a audiência pública.
O documento também mostra a necessidade da viabilização de estruturas física e humana necessárias para se ter a universidade; que existe a carência de uma área para a Faculdade de Ciências Agrárias, com montagem de laboratórios para diversas áreas, aquisição de equipamentos, material de consumo, implementação da biblioteca, corpo docente e técnico, administração, além da ampliação do espaço físico.
A perspectiva é que a médio e longo prazo haja a criação de 26 novos cursos superiores a partir da autonomia – já na condição de UFR. Atualmente, o campus de Rondonópolis conta com 15 cursos de graduação – 14 dos quais presenciais e um à distância.
O estudo para implantação da UFR levou em conta as necessidades e condições econômicas de 22 municípios que compõe a região sudeste de Mato Grosso, que será privilegiada com a criação da universidade. Cerca de 22 mil alunos cursam o ensino médio nesta mesoregião, o que garante a necessidade de uma nova universidade.