O presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), Gilmar Soares Ferreira, disse que a expectativa é que cerca de 90% a 100% das escolas tenham particiopado do movimento que marcou nesta sexta-feira o início da greve dos trabalhadores estaduais por tempo indeterminado. Nesta sexta-feira pela manhã aconteceu um ato público na praça Nossa Senhora do Carmo, em Várzea Grande.
As principais reivindicações são o estabelecimento do piso salarial em R$ 1050,00, o reconhecimento de todos os funcionários das escolas como profissionais da educação e definição da lei de diretrizes de carreira.
“Estudos apontam que é possível ao Governo do Estado estabelecer o piso salarial que estamos exigindo. Para isso, basta que sejam investidos na educação 28,63% dos 35% garantidos na Constituição Estadual”, afirma o sindicalista.
Um dos motivos para a determinação de um valor mínimo é, além de valorizar os profissionais da educação, mudar o modo como são realizados os pagamentos. “Hoje, para o governo, piso é a soma do salário e das gratificações. Precisamos transformar esse quadro. Não abrimos mão disso”, enfatiza Gilmar Ferreira.
A subsede do Sintep/MT em Várzea Grande, além das reivindicações nacionais e estaduais, também cobra melhorias na estrutura física das escolas municipais e a eleição para escolha dos diretores, que deveria ter sido realizada em 2007.
A presidente da entidade, Cida Cortez, explica que foi aprovada uma lei de prorrogação do mandato para que as eleições das escolas coincidissem com as municipais, para vereadores e prefeito. “O Ministério Público entrou com uma ação contra a prefeitura e ganhou a causa. Agora, finalmente, vamos poder realizar a atualização das gestões escolares”. As inscrições dos candidatos devem ser realizadas de 17 a 20 de março e a votação no dia 27 de abril.
Cida Cortez lamenta que os novos diretores comecem a trabalhar no meio do ano letivo, gerando dificuldades na implantação de novas diretrizes acadêmicas. “Mesmo assim, consideramos a realização das eleições como uma grande vitória”, complementa a sindicalista.