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Abstenção no Enem é recorde e pode ser maior que 40%

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Menos de 2,6 milhões de estudantes fizeram as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A abstenção é recorde, de pelo menos 37,7% do total de inscritos – cerca de 4,1 milhões de pessoas – enquanto em 2008 o comparecimento chegou a 72%. Só no estado de São Paulo, 46,9% dos inscritos deixaram de fazer a prova este ano.

O percentual de abstenção ainda pode subir, já que o dado é relativo à aplicação da prova de ontem (5). Informações preliminares do Ministério da Educação indicam que neste domingo (6) não compareceram pelo menos 2,9% dos inscritos que tinham feito a prova de sábado.

Apesar da alta abstenção, o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Reynaldo Fernandes, fez um balanço positivo do Enem. Segundo ele, o número dos alunos que fizeram as provas é maior que o total de estudantes que estão concluindo o ensino médio e que o número de inscritos nos vestibulares das universidades federais.

Reynaldo Fernandes atribui a grande abstenção às chuvas que ocorrem em várias partes do país, à distância entre a data da inscrição e a realização do exame, que estava previsto inicialmente para outubro, e também à impossibilidade, com o adiamento, dos resultados serem utilizados por algumas universidades, como foi o caso da Universidade de São Paulo (USP) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

O resultado das provas deverá ser publicado em 5 de fevereiro do próximo ano. As provas objetivas e as redações serão corrigidas separadamente e essas últimas serão lidas em telas de computadores após passarem por um scanner (para digitalizar a imagem).

Reynaldo Fernandes explicou que a prova do Enem teve como aspecto fundamental a contextualização, o que exigiu a elaboração de questões com enunciados maiores e, portanto, forçou mais a leitura para os alunos.

Em janeiro, o Inep deverá aplicar o exame para as pessoas que estão presas.

 

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