Reitores de universidades federais de todo o país voltaram a discutir o novo modelo de vestibular proposto pelo Ministério da Educação (MEC). Durante o seminário Acesso à Universidade Pública e Gratuita de Qualidade, promovido pela Associação Nacional de Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), os reitores apresentaram sugestões e tiraram dúvidas sobre o modelo unificado de ingresso nas instituições federais de ensino superior.
O presidente da Andifes, Amaro Lins, avalia como “muito interessante” a proposta de utilizar uma prova semelhante ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) como processo seletivo de ingresso às universidades federais.
“Nós reconhecemos que é preciso inserir novos componentes no nosso vestibular, de modo que possamos selecionar os alunos que estão mais aptos a ingressar nas universidades e ver também o sistema de educação superior do país como um todo”, acrescentou.
No entanto, de acordo com Lins, é preciso avançar mais nas discussões sobre a implantação do novo modelo. Para ele, a proposta apresenta ainda algumas dúvidas, que devem ser esclarecidas até o fim deste ano, quando várias universidades vão aderir ao novo sistema.
“As grandes dúvidas são em relação ao conteúdo que vai ser utilizado nesse exame e às questões regionais. Vai haver uma migração muito intensa de regiões que têm o ensino médio de qualidade para outras, que tem universidades com cursos de referência”, disse.
Lins afirmou ainda que as instituições que implantarem o novo processo seletivo poderão utilizar o resultado da nova prova de quatro maneiras diferentes: como prova única, como primeira fase, combinado à nota do vestibular tradicional ou para seleção de estudantes para vagas remanescentes.